O Ministério Público do Rio (MPRJ) denunciou nesta quinta-feira (06) o vereador Dr. Jairinho e a mãe de Henry Borel, Monique Medeiros, por homicídio triplamente qualificado e tortura pela morte do menino de 4 anos em 8 de março.
O promotor Marcos Kac pediu também a conversão da prisão temporária do casal em preventiva, justificando que eles cometeram coação de testemunhas e fraude processual.
O político foi denunciado por por homicídio triplamente qualificado e tortura, além de coação de testemunhas. O vereador já é réu pela tortura da filha de uma ex-namorada, entre 2011 e 2012, que, na época, tinha 4 anos de idade.
Já a mãe de Henry foi denunciada por homicídio, tortura omissiva, falsidade ideológica e coação de testemunha.
No início da semana, a Polícia Civil havia indiciado a mãe e o padrasto de Henry por homicídio duplamente qualificado. Jairinho ainda tinha sido indiciado por dois crimes de tortura, levando em consideração os dois episódios comprovados de agressão ao menino, e Monique por tortura por omissão, já que ela sabia que o filho era agredido pelo padrasto.
Jairinho está em Bangu 8 dividindo cela com presos da operação Lava Jato. Já Monique, que estava internada em um hospital penitenciário com Covid-19, teve alta e voltou para o presídio feminino em Niterói, na região metropolitana, ainda em isolamento.
Ao longo de quase dois meses, a polícia desmontou uma farsa criada por Monique e Jairinho. A investigação que começou como acidente domestico revelou um crime que chocou o País por envolver um político de uma família influente do Rio, mas principalmente, pela omissão da mãe de Henry, que permitiu que agressões acontecessem até a morte da criança.
