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Monique Medeiros ataca Leniel Borel: “Tinha que morrer, infartar, ter um câncer"

A professora é ré pela morte do filho, Henry Borel, de 4 anos, em março de 2021

Da redação, com BandNews FM Rio e Bora Brasil

Em áudio obtido pela Band, Monique Medeiros, mãe do menino Henry Borel, faz duros ataques ao pai do garoto, Leniel Borel. A gravação foi enviada por ela a uma amiga no ano passado, período em que estava proibida pela Justiça de usar celular. Monique voltou para a cadeia nesta quinta-feira (6) após descumprir essa e outras medidas cautelares.

“Amiga, que homem desgraçado, cara. Olha… Meu Deus… Se eu encontro ele na rua, não sei o que eu faço, não. Juro. Gosto nem de pensar. Ele é pior que o MP porque ele só quer vingança. Esse homem... É ódio puro no coração dele. Tinha que morrer, infartar, ter um câncer”, diz Monique Medeiros no áudio (ouça no vídeo acima). 

O ministro Gilmar Mendes aceitou um recurso do pai da criança, Leniel Borel, e determinou o reestabelecimento da prisão preventiva. A professora é ré pela morte do filho, de 4 anos, em março de 2021. 

Na decisão, Gilmar destacou que Monique teria coagido a babá do menino, que é testemunha no processo, e descumprido medidas cautelares ao utilizar o celular para fazer postagem em rede social, o que a defesa nega.

O advogado da acusada, Hugo Novais, disse que não houve descumprimento das medidas cautelares e que já entrou com um pedido para que a professora volte a ficar em liberdade.

Monique Medeiros estava solta desde agosto do ano passado, quando recebeu um habeas corpus do Superior Tribunal de Justiça. O ex-vereador Jairinho, também réu pela morte de Henry e ex-namorado de Monique, permanece preso no Rio de Janeiro.

Os dois vão ser levados a júri popular, que ainda não foi marcado.

Em outros áudios de Monique para uma amiga, a professora mostra que vive uma vida normal. Ela ainda xinga pessoas da academia que frequenta e menospreza o local.

Caso Henry

O ex-vereador Jairinho é reu por homicídio triplamente qualificado e tortura, além de coação de testemunhas, pela morte de Henry Borel, de 4 anos, em 8 de março de 2021, em seu apartamento na Barra da Tijuca, no Rio. Já a mãe de Henry, Monique Medeiros, foi denunciada por homicídio, tortura omissiva, falsidade ideológica e coação de testemunha. 

Especialistas que acompanharam o caso e tiveram acesso aos laudos periciais acreditam -- com base na descoloração das marcas no corpo do garoto -- que Henry pode ter morrido no fim da noite de 7 de março, e que o corpo pode ter ficado no apartamento por quase cinco horas antes de Monique e Jairinho levarem o menino ao hospital, por volta das 4h.

Com o desenrolar do caso, Jairinho teve o mandato cassado como vereador do Rio em 30 de junho. Ele foi o primeiro parlamentar da história da Câmara de Vereadores fluminense e perder o cargo.

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