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Polícia encontra corpos dos criminosos que teriam executado médicos no RJ

Traficantes teriam sido mortos pela cúpula da facção criminosa; hipótese é que bandidos confundiram vítimas com rivais da milícia

Por Nicolle Timm

Médicos foram executados em quiosque no Rio de Janeiro
Médicos foram executados em quiosque no Rio de Janeiro
Reprodução

A Polícia Civil encontrou no fim de quinta-feira (5) os corpos dos criminosos que teriam atuado na execução de três médicos, um deles irmão da deputada federal Sâmia Bomfim, em um quiosque na Barra da Tijuca, zona oeste do Rio de Janeiro. Os corpos foram encontrados na Gardênia Azul e próximo ao Riocentro, na mesma região.

Segundo informações da Polícia Civil, os traficantes do Comando Vermelho foram mortos no Complexo da Penha, na zona norte, pela cúpula da facção criminosa, após a repercussão do caso. A principal suspeita dos investigadores é que os envolvidos no caso mataram os médicos ao confundirem um deles com o filho de um miliciano rival. 

O alvo era Taillon de Alcântara Pereira Barbosa, filho de um dos principais chefes de uma milícia que atua na região de Jacarepaguá, e que se parece com uma das vítimas, o médico Perseu Ribeiro Almeida.

Uma gravação aponta que os criminosos foram avisados da presença de Tailon no estabelecimento. A ação dos criminosos também foi flagrada por câmeras de segurança. As imagens mostram que três bandidos saíram de um carro branco, atiraram contra as vítimas, voltaram para o veículo e fugiram.

Segundo laudo do IML, cada um dos três médicos foi atingido por pelo menos cinco disparos em várias partes do corpo, mas o que matou foi o disparo no coração. Os criminosos chegaram a comemorar nas redes sociais a morte de Taillon, mas apagaram a publicação após descobrirem que, na verdade, a vítima não era o criminoso.

Corpos são velados nesta sexta-feira (6)

Os corpos dos três médicos executados no Rio de Janeiro começam a ser velados nesta sexta (6). Dois foram levados para o interior de São Paulo, sendo um deles o irmão de Sâmia Bomfim. Outro foi encaminhado para Salvador. 

Os três médicos assassinados atuaram na USP (Universidade de São Paulo). Marcos Corsato era médico assistente, e Diego e Perseu, ex-residentes. Em nota, o Instituto de Ortopedia e Traumatologia do Hospital das Clínicas da Faculdade de Mecidina disse que recebeu com consternação a notícia e que estende as condolências aos familiares e amigos. 

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