O sargento Paulo César de Souza Albuquerque, que agrediu e atirou contra o atendente Mateus Domingues Carvalho, de 21 anos, de uma lanchonete Mc Donalds, na Estrada dos Bandeirantes, na Zona Oeste do Rio de Janeiro, disse que o disparo não foi intencional.
Inicialmente, o advogado dele, Sandro Figueiredo, chegou a dizer que as imagens não mostravam o cliente disparando.
Paulo César de Souza Albuquerque se apresentou na tarde de segunda-feira (9), na delegacia de Taquara, para prestar depoimento no inquérito. Ele responde por tentativa de homicídio.
O Corpo de Bombeiros suspendeu o porte de armas de Paulo Cesar.
“O militar responderá civilmente pelos seus atos na justiça comum e, paralelamente, o comandante-geral da corporação, coronel Leandro Monteiro, determinou a suspensão imediata do porte e posse de armas do militar além da instauração de um inquérito policial militar para apurar a conduta do profissional e a abertura de um conselho disciplinar. O CBMERJ acompanha a operação e está à disposição para colaborar com as investigações. A corporação repudia veementemente todo e qualquer ato criminoso, assim como condutas ilícitas que transgridam os preceitos da ordem, da disciplina e da moral características da profissão de bombeiro militar”, diz o Corpo de Bombeiros em nota.
Nessa segunda, a juíza Isabel Teresa Pinto Coelho Diniz, do plantão judicial, indeferiu, o pedido de prisão temporária contra Paulo César de Souza Albuquerque, por causa da fragilidade da identificação por fotos de redes sociais.
Nas imagens de câmeras da lanchonete, o criminoso aparece invadindo a cabine do “drive-thru” onde a vítima trabalhava, desferindo socos e, com uma pistola em punho, disparando contra o jovem.
De acordo com testemunhas, a briga se deu por causa na utilização de um cupom de desconto na compra que fez no estabelecimento.
O sargento teria feito o pedido do lanche, mas só no fim disse ter um cupom de desconto, o que levou o atendente a negar a aplicação do abatimento no valor.
Vítima
O atendente, Mateus, de 21 anos, passou por uma cirurgia. Ele foi extubado e aguardava acordado e consciente por uma vaga no CTI do Hospital Lourenço Jorge.
O atendente saiu de Minas Gerais há cinco anos para trabalhar e juntar dinheiro a fim de pagar um curso de veterinária, segundo a família.