Metro de SP apresenta primeiro vagão anti-Covid

Substância com nanoprata promete inativar vírus nas superfícies; governo tenta estender aplicação em toda a frota

Da Redação, com Bora SP

O metrô de São Paulo apresentou um vagão que foi higienizado com uma substância especial para matar o coronavírus.  O governo agora tenta fazer o mesmo em todas as 163 composições. As informações são do Bora SP.

Mas enquanto isso não ocorre, a população segue com medo do transporte público lotado.

No líquido borrifado para higienização está uma substância que promete acabar com o coronavírus nas superfícies: a nanoprata. Ela é pequena que consegue entrar nas menores fissuras. 

“O vírus que encostar naquela superfície [com o produto aplicado] é inativado”, explicou Ricardo Bastos, diretor da BioForcis Soluções Tecnológicas. 

O metrô colocou a tecnologia só em um dos 160 trens por meio de uma parceria com uma empresa que já fornece a nanoprata pra hospitais. Além do líquido, que tem de ser borrifado nos bancos a cada 15 dias, uma película com a mesma composição foi adesivada nas barras de apoio, nas janelas e nas portas. Para fazer isso em todas as composições, o governo precisa de ajuda do setor privado. 

A tecnologia promete matar o coronavírus na superfície dos vagões. Mas quem pega transporte público todo dia, especialmente em horários de pico, gostaria mesmo que uma outra determinação tão importante quanto a limpeza também fosse cumprida.

“Principalmente os trens que são mais cheios que os ônibus. Eu mesma eu tenho hora pra chegar no serviço, se eu não pegar cheio eu não chego cuidado a gente toma, mas tem gente que não toma. Só Deus mesmo. Tem que colocar mais ônibus, lotação”, disse uma usuária do serviço.

Evaldo Araújo, infectologista do Hospital das Clínicas, concorda: 

“Nós sabemos que a transmissão do vírus se dá muito pouco por superfícies, mas sobretudo, por via aérea, pelo contato pessoal. Então mais importante do que um produto de limpeza especial, caro ou tecnológico, seria a limpeza simples, sobretudo, o uso da máscara certa pelas pessoas que usam o transporte coletivo”, finalizou. 

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