Pacientes do Hospital do Servidor Público de SP reclamam de demora no atendimento e falta de profissionais

Alguns idosos relataram que a espera no pronto-socorro pode chegar a 48 horas

Leonardo Zvarick, no Bora SP

Pacientes do Hospital do Servidor Público de São Paulo reclamam da demora no atendimento e da falta de profissionais. Alguns idosos relataram que a espera no pronto-socorro pode chegar a 48 horas.

Desde 2011, o marido da professora aposentada Edna, trata um câncer na próstata, e há dois anos as idas ao médico se tornaram mais frequentes. Na última sexta-feira (12), foi ao Hospital do Servidor Público Estadual em busca de atendimento, mas teve que esperar mais de 13 horas na enfermaria para conseguir uma vaga de internação.

“Nós saímos em consulta às 10h e meu marido entrou para emergência para ser atendido era umas 2h30, enquanto isso nós ficamos sentados na sala de espera 4”, contou a professora aposentada à reportagem da TV Bandeirantes

A dificuldade é compartilhada por centenas de pacientes todos os dias. As fotografias registradas por Edna mostram o pronto socorro lotado, com idosos aguardando por até 48 horas em cadeiras e macas.

“São 15 pacientes para cada técnico, de 12 a 15 pacientes. Eles não conseguem dar conta de todo esse trabalho”, disse Edna. 

Durante a pandemia, boa parte da estrutura do hospital ficou voltada os casos de coronavírus. Nas últimas semanas, os outros atendimentos, que ficaram represados por mais de um ano e meio, voltaram a crescer consideravelmente. A estrutura do hospital, com defasagem de profissionais, não está dando conta dessa demanda.

“Perdemos muitos funcionários e a demanda está imensa. Nós já estamos regularizando essa parte que ultrapassou e muito e nossa expectativa”, disse Antônio Carlos Pereira Lima, diretor do pronto-socorro da unidade de saúde. 

Em cinco anos, o hospital perdeu mais de 600 profissionais. Com a alta nos atendimentos, que chegam 500 por dia, o pronto socorro deve passar por adaptações nos próximos dias.

“Está abrindo outro departamento no hospital para albergar esse excesso de pacientes que está acontecendo”, disse Lima. 

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