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SP: leis de incentivo à cultura movimentaram R$ 688 milhões e 9,2 mil empregos

Para cada R$ 1 de fomento à cultura, R$ 1,67 foi movimentado na economia, diz estudo da Fundação Getúlio Vargas

Da redação

As leis de incentivo à cultura foram essenciais para a sobrevivência do setor de arte durante a pandemia. Quem diz isso é um estudo produzido pela Fundação Getúlio Vargas e apresentado no Seminário sobre Economia Criativa, Cultura e Desenvolvimento. 

O evento foi organizado pelo canal Arte 1 e apresentado pelo apresentador Zeca Camargo. O levantamento mostrou que a Lei Aldir Blanc, Programa de Ação Cultural (Proac) e Juntos pela Cultura movimentaram R$ 688,8 milhões no estado de São Paulo em 2020. 

Um montante de R$ 413,6 milhões foi movimentado de forma direta pelos incentivos culturais, enquanto R$ 275,2 milhões foram de forma indireta. Os três programas também foram responsáveis pela geração de 9,2 mil postos de trabalho. 

Além disso, para cada R$ 1 de fomento, R$ 1,67 foi movimentado na economia. O estudo foi publicado no momento em que o Congresso Nacional pode derrubar o veto do presidente Jair Bolsonaro (PL) à Lei Aldir Blanc 2. Aprovada, a medida pode transformar o incentivo direto à cultura em política permanente do governo federal a partir de 2023.

“Acho que o Congresso Nacional, deputados e senadores têm com essa pesquisa, esse estudo todos os argumentos necessários para justificar a derrubada do veto”, disse Sérgio Sá Leitão, secretário de Cultura de São Paulo.

A expectativa é que, no pós-pandemia, caso o fomento seja renovado, esse giro econômico seja ainda maior com o retorno do público aos eventos presenciais. Dados do Itaú Cultural mostram que, hoje, mesmo antes de uma recuperação completa, o número de postos de trabalho do setor cultural já é maior que o do início de 2020, antes da crise sanitária.

“As pessoas querem estar mais presentes para verem os amigos e familiares mais distantes, também, por meio do universo cultural. Então, essas atividades estão mais aquecidas. Certamente, quando a gente voltar por inteiro, estarão ainda mais aquecidas, fruto desse momento de reclusão e das pessoas quererem mais atividades culturais”, analisou Eduardo Saron, diretor do Itaú Cultural.

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