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Defesa de vítima de Robinho celebra prisão: 'Brasil não é paraíso da impunidade'

Jacopo Gnocchi contou ao jornalismo da Band que cliente que sofreu estupro coletivo espera que a justiça seja feita definitivamente

Carla Ramill

Robinho durante audiência de custódia em Santos
Robinho durante audiência de custódia em Santos
Reprodução/Justiça Federal de Santos

Foram nove anos de espera pela prisão de Robinho. E só depois de quase uma década a decisão da Justiça colocou o ex-jogador na cadeia. Para o jornalismo da Band, o advogado da vítima albanesa revelou que ela está contente com a decisão da Justiça brasileira. 

“Estamos absolutamente satisfeitos, porque acreditamos que o Brasil, como eu sempre disse, é um grande país, não é o paraíso da impunidade”, disse Jacopo Gnocchi, advogado da vítima. 

Segundo ele, a vítima está feliz com a prisão, mas espera que a justiça seja feita definitivamente. 

“A Justiça percebeu que o processo na Itália respeitou os direitos de defesa. Robinho e o outro condenado, tiveram todo o tempo para defender suas posições e seus argumentos”, afirmou o advogado. 

O estupro coletivo aconteceu em 2013, em uma boate de Milão, na Itália. Robinho e outros cinco homens foram denunciados pela vítima. O ex-atacante da Seleção Brasileira foi condenado em 2017, em primeira instância. Em 2020, conversas do ex-atleta com amigos foram reveladas, mostrando a preocupação dele com o crime. 

Os áudios foram determinantes para a Corte de Apelação de Milão confirmar a sentença e, em 2022, a Corte de Cassação de Roma, última instância na Itália, fez a execução da sentença de nove anos obrigatória. 

Apenas Robinho e o amigo dele, Ricardo Falco, foram condenados pelo crime. Os outros 4 denunciados, ainda estão com o processo em aberto. "Há um processo congelado, ainda aberto, para os outros 4.  Sobre esses outros 4, para nós, são culpados, mas para a justiça, são presumidamente inocentes", afirma o advogado da vítima.

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