Família que mora em ônibus no centro de SP pode perder "casa" por cobrança da prefeitura

Da Redação, com Brasil Urgente

Família que mora num ônibus na região central de São Paulo tem ordem da prefeitura para deixar o local. Fiscais da prefeitura já notificaram Gilmar Braz, 51 anos, que vive no veículo com a mulher e mais 6 filhos. As informações são do Brasil Urgente

O ônibus está em uma rua próximas à estação Brás do metrô, região central de São Paulo, e ganhou outra função: serve de moradia. Não por aventura, mas por falta de melhor opção de vida. 

A calcada vira quintal para a leitura e brincadeiras. Dentro do ônibus, os seis filhos arrumam espaço para tudo.

Para comer todos juntos, seja nos bancos improvisados e no chão. A comida que chega vem da ajuda de outras pessoas, pois apesar de fazer de tudo como pedreiro, pintor, além de consertar brinquedos, falta serviço para o homem de 51 anos.

Sem condições de ter uma casa, viver nas ruas acabou sendo a única opção. Juntando dinheiro feito com diversos trabalhos enquanto vivia nas ruas, ele conseguiu comprar uma perua para morar. Um tempo depois, conseguiu comprar um ônibus do tipo motorhome para viver com a família, gastando cerca de R$ 20 mil. 

O veículo é um modelo antigo, de 1981, e por isso não deveria mais pagar IPVA, mas no documento está registrado como "espécie passageiro e motocasa", um trailer. Por este motivo, mesmo sendo antigo, paga o imposto anualmente. O homem garante que toda a documentação do veículo está em dia. 

Com a ajuda de moradores locais, Gilmar e sua família receberam doações de comida durante a pandemia. Uma senhora que mora na região ajudou as crianças fornecendo um local para banho e para recarregar os celulares.

Há seis meses, Gilmar estacionou o veículo na região central da capital. Mas, uma notificação da prefeitura de São Paulo chegou na última terça-feira (23) avisando que o ônibus tem que deixar o local em até cinco dias. Caso contrário, ele terá de pagar uma multa de R$ 18 mil e ônibus será guinchado. 

Em nota, a prefeitura informou que a permanência do veículo na rua é ilegal e por isso ele precisa ser removido. A família não tem para onde ir, e o ônibus não tem bateria para ser ligado.