Pai de Henry Borel diz que decisão por soltura de Monique Medeiros é "absurda"

Entre abril e junho, ela chegou a ficar em prisão domiciliar, mas voltou a ser presa no Instituto Penal Santo Expedito, no Complexo Penitenciário de Gericinó, em Bangu

Da redação, com Brasil Urgente

Pai de Henry Borel diz que soltura de Monique Medeiros é absurdo Reprodução
Pai de Henry Borel diz que soltura de Monique Medeiros é absurdo
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"É um absurdo. falamos da outra vez que a Monique foi solta. e estamos agora falando novamente. Monique sendo solta de uma forma unilateral com um habeas corpus que não foi apreciado, mas concedido apenas por um ministro que deu a decisão sozinho, sem nenhuma analise do STJ", disse em conversa com José Luiz Datena, no Brasil Urgente, pouco tempo após a decisão do STJ.

Entre abril e junho, ela chegou a ficar em prisão domiciliar, mas voltou a ser presa no Instituto Penal Santo Expedito, no Complexo Penitenciário de Gericinó, em Bangu, na Zona Oeste do Rio. Para evitar ameaças, ela foi colocada em cela adaptada e separada de outras presas.

Para Leniel, a decisão do ministro pode prejudicar o processo em que Monique e o ex-vereador Jairinho são réus por tortura, homicídio triplamente qualificado e coação. O menino, de 4 anos, morreu em março do ano passado no apartamento do casal na Barra da Tijuca, na Zona Oeste.

"É um absurdo que uma pessoa que já tinha sido analisa pelo ministro do STF, tem todas as provas que mostram a gravidade do delito cometido, nada disso foi visto, não foi feita uma analise pelo famigerado pelo ministro", desabafou.

Jairinho e Monique foram presos em abril de 2021. Eles foram denunciados pelo Ministério Público por homicídio qualificado por motivo torpe, com recurso que dificultou a defesa da vítima e impingiu intenso sofrimento, além de ter sido praticado contra menor de 4 anos, tortura, coação de testemunha, fraude processual e falsidade ideológica.

Monique deve ser solta e deixar o complexo de Gericinó, em Bangu, a partir deste sábado (27). Já o ex-vereador, padrasto e principal suspeito pela morte do menino, continua preso no Rio.

Caso Henry

O ex-vereador Jairinho é reu por homicídio triplamente qualificado e tortura, além de coação de testemunhas, pela morte de Henry Borel, de 4 anos, em 8 de março de 2021, em seu apartamento na Barra da Tijuca, no Rio. Já a mãe de Henry, Monique Medeiros, foi denunciada por homicídio, tortura omissiva, falsidade ideológica e coação de testemunha. 

Especialistas que acompanharam o caso e tiveram acesso aos laudos periciais acreditam -- com base na descoloração das marcas no corpo do garoto -- que Henry pode ter morrido no fim da noite de 7 de março, e que o corpo pode ter ficado no apartamento por quase cinco horas antes de Monique e Jairinho levarem o menino ao hospital, por volta das 4h.

Com o desenrolar do caso, Jairinho teve o mandato cassado como vereador do Rio em 30 de junho. Ele foi o primeiro parlamentar da história da Câmara de Vereadores fluminense e perder o cargo.