Brasil Urgente

Piloto de helicóptero chegou a pousar “no meio do mato” antes de desaparecer

Mensagens trocadas por uma das passageiras com o namorado destacam que o piloto do helicóptero que iria a Ilhabela teve que pousar em área de mata devido ao mau tempo

Da redação

Piloto pousou em área de mata antes de desaparecer em São Paulo, disse passageira
Piloto pousou em área de mata antes de desaparecer em São Paulo, disse passageira
Reprodução/TV Band

O piloto do helicóptero que desapareceu em São Paulo, após decolar do Aeroporto Campo de Marte com destino a Ilhabela, no Litoral Norte, pousou “no meio do mato”, segundo relatou uma das passageiras. A medida foi necessária por falta de visibilidade, disse ela ao namorado por mensagens de texto.

Depois de um tempo, o helicóptero decola novamente. Para o namorado, a microempreendedora Letícia Ayumi Rodzewics Sakumoto, de 20 anos, disse: “Estamos voltando”. Na sequência, continua: “Eles estão tentando entrar em Ilhabela”.

O Brasil Urgente teve acesso a um vídeo que mostra a chegada dos passageiros a um hangar de Campo de Marte para o embarque. Na aeronave, além da Letícia, estavam os passageiros Luciana Rodzewics, de 46 anos e mãe de Letícia, e Raphael Torres, amigo da família que fez o convite para o passeio. A identidade do piloto não foi revelada.

O helicóptero desaparecido é um modelo Robinson 44, de cor preta e cinza. O voo partiu às 13h10 com destino à Ilhabela. O trajeto foi percorrido pelo continente até o Vale do Paraíba. Só depois, o piloto seguiria rumo ao litoral, mas ele percebeu que as condições climáticas estavam desfavoráveis. Foi aí que pousou numa área de mata.

Às 14h09, Letícia contata o namorado, um militar da Aeronáutica que trabalha em Campo de Marte, para atualizá-lo do trajeto. Ela relatou o pouso “no meio do mato”, além do tempo ruim e “medo”.

Letícia chegou a mandar fotos do local, onde havia muita neblina. Na imagem, dá para ver o que parecia ser a Represa de Paraibuna. Após ser questionada pelo parceiro, ela disse que não sabia onde estava: “Tô parada no meio do mato”.

O helicóptero voltou a decolar, e Leticia enviou um vídeo, às 14h47, já em voo no meio da neblina. A visibilidade estava quase zero. O último contato do piloto com o controle aéreo foi pouco de 15h, na região de Paraibuna.

Por pouco mais de 30 horas, o telefone de Luciana seguiu ligado. Apesar das ligações, ninguém o atendia. Por volta das 22h da última segunda-feira (1º), as chamadas não completavam mais.

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