O interventor no Distrito Federal, Ricardo Cappelli, disse que a criação de uma guarda nacional para proteger os poderes da República é o caminho “mais provável” no que diz respeito à defesa da democracia na capital federal. A declaração foi dada nesta quarta-feira (18), em entrevista à BandNews FM.
“Este é um debate que está colocado, está sendo feito e que me parece o caminho mais provável. Que o governo federal tenha a capacidade de ter uma guarda direta que proteja os poderes da República e a institucionalidade do país”, disse o interventor.
“Pacote democrático”
O assunto se contextualiza com uma declaração do ministro da Justiça, Flávio Dino, mais cedo, também em entrevista à BandNews FM. Na ocasião, o gestor anunciou que apresentará um “pacote democrático” para o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) apreciar.
“Nós temos algumas medidas legislativas novas, entre as quais a segurança no Distrito Federal. Isso pode resultar na criação de uma espécie de guarda nacional permanente para proteger os poderes federais que estão no Distrito Federal. É preciso rever a relação entre os poderes locais e a própria polícia do Distrito Federal”, pontuou o ministro de Lula.
Limitar poder do governador
Nesta semana, uma medida diferente, porém em sintonia com a declaração de Dino, foi apresentada pelo senador Alessandro Vieira. Trata-se de uma proposta de emenda constitucional (PEC) que objetiva retirar a gestão da Segurança Pública do governador do DF.
Se isso se viabilizar, ficaria a cargo do presidente da República nomear os comandantes das forças e o secretário. Desde os ataques de 8 de janeiro, o DF segue sob intervenção federal. Devido a isso, a PEC de Vieira não pode tramitar no Congresso.