A água suja e mau cheirosa que chegava às torneiras do Rio de Janeiro marcou o último verão. E tudo leva a crer que está acontecendo de novo. O número de reclamações na Companhia Estadual de Águas e Esgotos do Rio de Janeiro (Cedae) já explodiu.
A Estação de Tratamento do Guandu, na Baixada Fluminense, já apresentava pontos de água mais turva em novembro de 2020. Ela é responsável pelo abastecimento de mais de 9 milhões de pessoas no Estado. O cenário parece se repetir um ano após a chamada “crise de geosmina” (substância produzida por algas).
Em voo que a equipe do Jornal da Band fez nesta quinta-feira (21), é possível notar que a situação piorou.
No Guandu, alguns tanques apresentavam “meia água” sendo tratada. Ela tinha aspecto com lama. Funcionários aplicaram uma carga de carvão ativado na água – a mesma solução aplicada para o problema há um ano.
Em janeiro de 2020, milhares de pessoas receberam água com cheiro, coloração turva e gosto ruim. A Cedae foi multada em quase R$ 6 milhões na ocasião.
Um ano depois, moradores das zonas oeste e norte voltaram a reclamar da qualidade da água que saía das torneiras. A Cedae disse que está avaliando as reclamações e coletando amostras para análise, mas que até o momento, não há indícios de aumento na proliferação de algas e nem da geosmina.