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Caso Henry Borel: Advogado deixa defesa de Dr. Jairinho

Em nota, André França Barreto comunicou que abriu mão da posição "a fim de evitar eventuais conflitos de interesses"

Da Redação, com informações do Brasil Urgente e do Jornal da Band

O escritório de advocacia que representava Dr. Jairinho na investigação da morte do menino Henry Borel anunciou nesta quarta-feira (14) que está deixando o caso. Em nota, o advogado André França Barreto comunicou que abriu mão da posição para “evitar eventuais conflitos de interesses”.

O vereador do Rio de Janeiro era padrasto da criança, que morreu em 8 de março. Na última quinta-feira (8), ele foi preso temporariamente. A mãe de Henry, Monique Medeiros, também foi presa. O casal é investigado sob suspeita de homicídio duplamente qualificado (com emprego de tortura e sem chance de defesa à vítima) e de atrapalhar as investigações e ameaçar testemunhas do caso.

Até o início da semana, Monique também era defendida por André França Barreto, mesmo advogado de Jairinho, e prestou depoimento sob orientação dele, no início da investigação, há cerca de um mês. Na época, ela afirmou acreditar que Henry tinha caído da cama. Agora, os novos advogados de Monique alegam que ela estava sendo oprimida quando prestou depoimento, mas não deram outros detalhes.

Na última segunda-feira (12), a mãe da vítima trocou de defesa -- passaram a atuar no caso da professora os advogados Thiago Minagé, Hugo Novais e Thaise Assad. A nova defesa de Monique diz que pretende “atuar com a verdade” e pediu que um novo depoimento seja marcado.

Enviada no fim da tarde de quarta, a nota de André França Barreto reafirma que, antes de Monique trocar de advogados, “inexistia impedimento para a defesa conjunta de ambos”, destacando que o casal sempre alegou inocência. De acordo com o comunicado, a mudança na estratégia de defesa de Monique fez com que os advogados de Jairinho renunciassem ao caso, evitando assim “eventuais conflitos de interesses”.

Especialistas que acompanham o caso e tiveram acesso aos laudos periciais acreditam -- com base na descoloração das marcas no corpo do garoto -- que Henry pode ter morrido no fim da noite de 7 de março, e que o corpo pode ter ficado no apartamento por quase cinco horas antes de Monique e Jairinho levarem o menino ao hospital, por volta das 4h.

Intimidação de testemunhas

Nesta quarta-feira, mais duas pessoas prestaram depoimento: a irmã de Jairinho e a faxineira da casa onde henry vivia com a mãe e o padrasto. Elas foram intimadas depois do novo depoimento da babá de Henry -- que contou que ela e a faxineira foram orientadas e intimidadas pelo advogado e pela irmã de Jairinho, Thalita Santos, a não contar à polícia sobre a rotina de violência a que henry era submetido. 

Thalita e André também teriam coagido a faxineira Leila Rosângela, que depôs nesta quarta, segundo a babá. A mulher também foi a responsável por limpar a cena do crime. A expectativa é de que o inquérito seja concluído na semana que vem.

Denúncias de regalias

A direção da Cadeia Pública José Frederico Marques, em Benfica, na Zona Norte do Rio, pediu para ser substituída, após denúncias apontarem que o vereador Jairinho teve regalias enquanto esteve no local. 

De acordo com a Secretaria de Administração Penitenciária (Seap), o diretor, o chefe de segurança e outros funcionários da gestão da unidade pediram para ser exonerados por não concordar com as denúncias.  

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