A defesa de Monique Medeiros, mãe do menino Henry, de 4 anos, disse que recorreu ao Ministério Público para que a professora possa prestar um novo depoimento à Polícia Civil. As informações são de Rafaela Cascardo, da BandNews FM Rio.
Em nota, os advogados afirmaram que querem resgatar a verdade e que nada justifica a demora na resposta sobre uma nova audição. Eles também falaram que pediram ao MP um promotor especial para acompanhar o inquérito.
Monique trocou de defesa na semana passada. Anteriormente, ela e Jairinho, acusado de agredir o enteado, dividiam o mesmo advogado.
Os novos defensores de Monique justificar a ida da mãe de Henry a um salão de beleza após o enterro da criança para fazer a manutenção do mega hair, método de alongamento de cabelos. A professora teria alegado que o nervosismo a fez arrancar tufos de cabelo da cabeça.
A Polícia disse que deve decidir até esta terça-feira (20) se vai ou não ouvi-la novamente.
Enquanto isso, o pai do menino Henry, Leniel Borel, criou um abaixo-assinado online pra pedir a aprovação de um projeto de lei que aumenta de um terço até a metade, a pena de crimes cometidos por pais ou por padrasto ou madrasta.
Leniel disse que o objetivo da campanha é pedir que o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), acelere a votação do projeto.
A Polícia disse que deve concluir até sexta-feira (23) as investigações que apuram a morte de Henry Borel. Até o momento, os investigadores afirmam que há provas suficientes que apontam o vereador Jairinho como o responsável pelo assassinato. A polícia acredita que a mãe de Henry, Monique Medeiros, foi conivente porque sabia das agressões e mentiu para proteger o namorado.
A hipótese de acidente já foi descartada. Os peritos cravam que o menino de 4 anos foi agredido até a morte no dia 8 de março. 23 lesões foram encontradas no corpo do garoto. De acordo com o laudo, a sessão de tortura durou cerca de quatro horas. Especialistas acreditam que o garoto pode ter morrido por volta das 23h - quase cinco horas antes de ser levado ao hospital.
Jairinho é vereador do Rio de Janeiro e era padrasto da criança, que morreu em 8 de março. Em 8 de abril, ele e a mãe de Henry, Monique Medeiros, foram presos temporariamente. O casal é investigado sob suspeita de homicídio duplamente qualificado (com emprego de tortura e sem chance de defesa à vítima), de atrapalhar as investigações e ameaçar testemunhas do caso.