Começou a carreira em Minas Gerais, onde passou por vários jornais, como “Correio de Minas” e “Diário de Minas”. Em São Paulo, integrou a equipe que criou o Jornal da Tarde, de o “Estado de S Paulo”. Dez anos depois, virou diretor de redação, posto que ocupou mais tarde, em duas outras oportunidades. Depois, assumiu a direção nacional de Jornalismo da Rede Bandeirantes, cargo que ocupa até hoje. Nesse período, produziu mais de 30 debates eleitorais, entre eles o primeiro presidencial da história do país na TV, em 89. É comentarista político no Jornal da Noite e entrevistador do programa político Canal Livre. Entre os diversos prêmios que recebeu, estão o Grande Prêmio da APCA, o Grande Prêmio do Clube de Criação de SP e três prêmios Comunique-se de “melhor diretor do ano”, valendo o título de “Mestre em Jornalismo”.
O presidente Lula em um momento de desabafo, nada apropriado para um chefe de Estado, disse que quando estava preso em Curitiba queria se vingar do então juiz Sergio Moro. No dia seguinte, como acompanhamos, a Polícia Federal desbaratou um esquema que planejava matar o atual senador.
Não cabe exploração policial ligando os fatos, embora, nesse país divido com suas ondas de ódio, ela tenha aparecido e crescido, classificada, aliás, como “vil” pelo ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino. E é isso mesmo.
O que não exclui o fato de que aquela declaração de Lula não é o que se espera de um presidente. Ainda mais que a palavra “vingança” usada por ele só tende a piorar o clima de divisão no país.
O presidente, faz tempo, poderia e deveria se conter, mas é exatamente o contrário que ele faz. Agora, se saindo com essa e redobrando a dose da falação ao dizer que “é visível a armação de Sergio Moro na operação da Polícia Federal”, acrescentando que não quer atacar sem provas, mas já atacou ou a PF ou a Justiça.
É com essa voracidade verbal descontrolada do ponto de vista racional que Lula, às vezes, ou muitas vezes, ignora gravemente a força e a repercussão das palavras na boca de um presidente da República.