A diferença entre o que dizia o noticiário no início das investigações desse plano de golpe, que os militares convocados ficariam em silêncio, e o ambiente de agora é grande e cresce.
Novos depoimentos de militares estão a caminho, pelo menos há sinais disso além do caso do tenente-coronel Ronald Ferreira, que agora quer falar depois de ter ficado calado.
Isso ocorre depois de mais de vinte horas de depoimentos - aquela soma dos depoimentos do ex-comandante do Exército com este último do ex-assessor especial de Bolsonaro, tenente-coronel Mauro Cid, e mais o do ex-comandante da Aeronáutica juntando pontas, preenchendo reticências, tirando dúvidas finais, possibilitando avaliações e tudo isso trazendo novas substâncias às investigações.
Na Polícia Federal, há dúvidas sobre o significado do repentino interesse de suspeitos de quererem falar. Estão avaliando por lá. O que é óbvio é que, com a evolução dos depoimentos e das investigações, virou mau negócio ficar em silêncio. As novas expectativas estão aí.