Começou a carreira em Minas Gerais, onde passou por vários jornais, como “Correio de Minas” e “Diário de Minas”. Em São Paulo, integrou a equipe que criou o Jornal da Tarde, de o “Estado de S Paulo”. Dez anos depois, virou diretor de redação, posto que ocupou mais tarde, em duas outras oportunidades. Depois, assumiu a direção nacional de Jornalismo da Rede Bandeirantes, cargo que ocupa até hoje. Nesse período, produziu mais de 30 debates eleitorais, entre eles o primeiro presidencial da história do país na TV, em 89. É comentarista político no Jornal da Noite e entrevistador do programa político Canal Livre. Entre os diversos prêmios que recebeu, estão o Grande Prêmio da APCA, o Grande Prêmio do Clube de Criação de SP e três prêmios Comunique-se de “melhor diretor do ano”, valendo o título de “Mestre em Jornalismo”.
O primeiro debate entre candidatos a presidente - na tevê em 1989 - e a Jornada das Diretas, cinco anos antes, espalhada pelo país, têm uma relação direta e óbvia.
Nos estúdios da Band, naquela noite de julho, estava a resposta histórica aos anseios das multidões nas ruas, em 84, que também haviam sido mostradas, intensamente, na tela da Band.
A nossa democracia se expressava de corpo inteiro nestes dois momentos, que se entrelaçam e se explicam.
Muito antes, em 64, depois do grande comício de Jango, no Rio, um canto do cisne, seguido de marchas e protestos a caminho do golpe, a estava morrendo para ser ressuscitada só 20 anos depois com o povo enchendo as ruas e praças gritando "Diretas Já" e para ser consolidada em 89, nos estúdios da Band, nos debates que, desde então, marcam a história das eleições no Brasil.
Os debates, ao longo de todos esses anos - os presidenciais há 35 - vem sofrendo mudanças em função das circunstâncias e também influindo e mudando as circunstância, contam uma história da nossa política - que é a história, muitas vezes tumultuada, das nossas conquistas democráticas.