Mitre: Um outro oito de janeiro

Por Fernando Mitre

Fernando Mitre

Começou a carreira em Minas Gerais, onde passou por vários jornais, como “Correio de Minas” e “Diário de Minas”. Em São Paulo, integrou a equipe que criou o Jornal da Tarde, de o “Estado de S Paulo”. Dez anos depois, virou diretor de redação, posto que ocupou mais tarde, em duas outras oportunidades. Depois, assumiu a direção nacional de Jornalismo da Rede Bandeirantes, cargo que ocupa até hoje. Nesse período, produziu mais de 30 debates eleitorais, entre eles o primeiro presidencial da história do país na TV, em 89. É comentarista político no Jornal da Noite e entrevistador do programa político Canal Livre. Entre os diversos prêmios que recebeu, estão o Grande Prêmio da APCA, o Grande Prêmio do Clube de Criação de SP e três prêmios Comunique-se de “melhor diretor do ano”, valendo o título de “Mestre em Jornalismo”.

O próximo 8 de janeiro está sendo planejado - por decisão e insistência do presidente Lula - para ser exatamente o contrário do último, daquele 8 de janeiro, dos ataques das hordas de celerados aos palácios da República, que, nas horas seguintes, já recebiam sua resposta das forças democráticas do país, que se manifestaram de corpo inteiro - acima de partidos e de ideologias. 

É o espírito que deve se manifestar no próximo dia 8, dedicado a exaltar os valores democráticos. Caminhando talvez para a pacificação, a união do país… que, por enquanto, está longe. Mas se fortalece a convicção de que tudo isso, reformas, debates, oposição, denúncias, contestações, escolha. 

Tudo isso, a favor ou contra o governo, pode e deve evoluir dentro das regras e princípios democráticos. Com as instituições cumprindo rigorosamente seus papéis - como o comandante do Exército, general Tomás Paiva, sempre em entendimento com os outros comandos, acaba de anunciar neste ano eleitoral. As Forças Armadas estarão atentas à sua missão e a seus compromissos - que são fundamentais - como instituições de Estado, longe da política.

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