Com Victoria Starmer em Londres, mais uma vitória dos judeus no mundo

Por Moises Rabinovici

Com Victoria Starmer em Londres, mais uma vitória dos judeus no mundo
Keir Starmer e Victoria Starmer
REUTERS/Toby Melville

“Os judeus estão controlando o mundo com acesso aos líderes mundiais” — é a tese que circula na internet depois da vitória do primeiro-ministro Keir Starmer, casado com Victoria, que é de uma família judia do norte de Londres.

A nova teoria da conspiração antissemita nasceu numa postagem da comentarista síria Maram Susli, conhecida como a “Garota Síria on-line”, com 400 mil seguidores. Ela se inspirou num artigo publicado pelo jornal Jerusalem Post, na sexta-feira, sobre a primeira-dama Victoria Starmer.

A lista de Susli:

  • “A vice-presidente dos EUA, Kamala Harris, é casada com um judeu;
  • O filho do presidente dos EUA, Joe Biden, é casado com uma judia:
  • A filha do ex-presidente Donald Trump é casada com um judeu;
  • A filha da ex-secretária dos EUA, Hillary Clinton, é casada com um judeu;
  • A presidente eleita mexicana, Claudia Sheinbaum, é judia;
  • O presidente argentino Javier Milei se tornou judeu;
  • O líder da oposição no Brasil, Jair Bolsonaro, beija a bandeira de Israel onde quer que vá.
  • O principal líder da oposição holandesa, Geert Wilders, é subserviente a Israel.
  • O presidente ucraniano Zelensky é judeu.”

A influenciadora antissemita Anatasia Maria Loupis, médica dinamarquesa com mais de um milhão de seguidores no X, postou na sexta-feira que “os judeus venceram as eleições”, compartilhando uma foto em que Keir Starmer está de kipá, o solidéu com que judeus cobrem a cabeça. Ela conclui: “O Reino Unido caiu”.

Embora ateu, o primeiro-ministro Starmer faz parte, com a família, da Sinagoga Judaica Liberal em St. Johns Wood, em Londres. Como ele declarou à rádio Virgin que preservaria o shabath, ao pôr do sol de sexta-feira, para ficar com os filhos, o Partido Conservador, agora oposição, o acusou de se tornar “um primeiro-ministro de meio período”, generalizando que pararia de trabalhar todos os dias às 18 horas.

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