A delegação que representa o governo brasileiro na COP 28, sediada pelos Emirados Árabes Unidos, destaca a atuação do Brasil no enfrentamento às mudanças climáticas, bem como impacto da cultura na conscientização em prol da preservação ambiental.
Em entrevista à WAM, agência oficial de notícias dos Emirados Árabes Unidos, a ministra da Cultura, Margareth Menezes, comentou o tema. Ela analisou o papel do setor no debate das mudanças climáticas.
“Eu acho que o mais imediato é a gente poder entender que a natureza está chegando a um limite para a gente reverter o quadro. Então, nós vamos usar a cultura como essa ferramenta, buscar conscientizar, trazer temáticas, reflexões. Tudo o que pudermos usar, dentro do escopo da cultura, o audiovisual, o cinema, chamando todos para nos unirmos para esse momento de virada, em relação à natureza, temos que aproveitar”, pontuou a ministra da Cultura.
COP 30 em Belém
Quem também faz parte da comitiva é o governador do Pará, Helder Barbalho (MDB), estado-sede da Conferência do Clima das Nações Unidas em 2025. A COP 30 será na capital Belém, porta de entrada para a Amazônia brasileira. Para o político, o evento mostrará que a preservação da floresta pode ser transformar em commodity.
“A COP 30, em Belém, será o grande palco para que as dimensões ambientais do planeta possam valorizar a floresta, estimular a construção de emprego verde, fazer da bioeconomia uma nova grande vocação da economia global e o mercado de carbono transformando floresta em commodity”, disse Barbalho.
Relação dos indígenas com a natureza
Outra declaração à WAM de uma ministra de Estado brasileira foi da Sonia Guajajara, titular da pasta dos Povos Indígenas, ocasião em que ela analisou o vínculo da cultura indígena com a natureza e contenção da crise climática.
“A nossa cultura indígena já está, naturalmente, vinculada a tudo o que existe na natureza. Os nossos cantos, as danças, os rituais dependem da natureza viva. Nós temos falado muito que o futuro é ancestral, não para que as pessoas sejam indígenas, mas que respeitem e considerem esses conhecimentos como uma das alternativas para conter a crise climática que vive o mundo”, considerou Guajajara.