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Corregedoria da PF conclui que não houve dolo direto de Bolsonaro em vazamento

Segundo o documento, não havia uma decisão que impusesse sigilo à investigação sobre documentos sigilosos do TSE

Da redação com BandNews TV

Bolsonaro é acusado de vazar documentos sigilosos do TSE
Bolsonaro é acusado de vazar documentos sigilosos do TSE
Alan Santos/Presidência

A Corregedoria da Polícia Federal (PF) concluiu que o inquérito divulgado pelo presidente Jair Bolsonaro, em live transmitida em agosto de 2021 sobre ataque hacker ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE), não estava em segredo de justiça.

“Saliente-se, por oportuno, que o referido Inquérito Policial Federal não restava abarcado por decisão judicial de sigilo, bem como não havia medida cautelar sigilosa em andamento, portanto, apresentava o sigilo relativo próprio dos procedimentos de investigação criminal”, diz trecho do relatório.

A conclusão consta em um relatório interno da PF. Segundo o documento, não havia uma decisão que impusesse sigilo à investigação. Apesar disso, as informações não deveriam ser divulgadas, pois o inquérito ainda tramitava. Para a corregedoria, não houve dolo direto de Bolsonaro.

“Do exposto, não há alcance da conduta em tipo infracional de ordem administrativa razão pela qual a autoridade signatária inclina-se pelo arquivamento da presente sindicância”, apontou a PF. 

O inquérito

A abertura do inquérito sobre o vazamento foi uma determinação do ministro do Supremo Alexandre de Moraes, a pedido do próprio Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

O deputado federal Filipe Barros (PSL-PR), que estava na live com o presidente, prestou depoimento e disse que ambos não tinham ciência de que esse inquérito era sigiloso. O delegado que apurava o ataque ao TSE e acabou afastado do cargo também foi ouvido.

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