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CPI da Pandemia: 'Crime de prevaricação está caracterizado', diz Randolfe

Para senador, ações do governo no combate à pandemia não foram orientadas por ideologia, mas por corrupção

Da Redação, com Rádio Bandeirantes

Para senador, ações do governo no combate à pandemia não foram orientadas por ideologia, mas por corrupção
Para senador, ações do governo no combate à pandemia não foram orientadas por ideologia, mas por corrupção
Reprodução

O senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) acredita que a CPI da Pandemia já reuniu informações suficientes a respeito de um crime de prevaricação por parte do presidente da República, Jair Bolsonaro (sem partido).

Em entrevista nesta segunda-feira (5) ao programa Manhã Bandeirantes, apresentado por José Luiz Datena na Rádio Bandeirantes, Randolfe afirmou crer que Bolsonaro deixou de agir para conter casos de corrupção na compra de vacinas contra o novo coronavírus. Para o senador, o presidente pode estar envolvido também em casos de corrupção.

“O crime de prevaricação, para mim, está caracterizado. Não tenho dúvidas sobre esse crime. Oque nós estamos aprofundando na investigação é o envolvimento do presidente da República em corrupção ativa ou corrupção passiva”, disse.

Vice-presidente da CPI, Randolfe destacou ainda o trabalho da comissão para apurar “ações e omissões do governo federal no enfrentamento da pandemia”. Para ele, o governo indicou até agora ter se omitido não apenas por questões ideológicas, mas por crimes.

“Nós estamos identificando que as ações e omissões não eram apenas uma ação ideológica, não era um negacionismo ideológico. Tinha corrupção na história. O depoimento dos irmãos Miranda trouxe um foco novo para a Comissão Parlamentar de Inquérito”, analisou o senador.

Entre nomes que aparecem com mais força na investigação, diz Randolfe, está o de Elcio Franco. Secretário-executivo do Ministério da Saúde entre junho de 2020 e março de 2021, Franco “demorou cinco, seis meses” para ter primeira reunião com a Pfizer, segundo Randolfe, mas esteve já na primeira reunião com a Covaxin/Precisa – cuja possibilidade de um acordo de compra superfaturada é um dos principais focos da CPI.

“O problema são os intermediários colocados para as vacinas. E aí está o delito que está sendo investigado”, disse Randolfe Rodrigues.

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