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CPMI do 8 de janeiro: governo quer 20 dos 32 membros indicados pelo Congresso

Para a CPMI, governistas também negociam aliados na presidência, a ser liderada por Arthur Maria, e na relatoria, com Renan Calheiros ou Eduardo Braga

Da redação

Na disputa entre governo e oposição por cargos-chave na Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI), o Palácio do Planalto prevê a indicação de 20 aliados das 32 vagas divididas entre Senado e Câmara. A intenção é assegurar que integrantes do governo de Jair Bolsonaro (PL) sejam responsabilizados pelos atos de 8 de janeiro.

“O objetivo deles é virar fritada. É tentar construir uma nova versão dos fatos. Nós vamos investigar tudo, quem organizou aquele 8 de janeiro, como foi organizado, os atentados terroristas. Nós tivemos derrubada de torres de energia, a tentativa de explodir um caminhão-tanque no Aeroporto de Brasília”, disse o deputado Carlos Zarattini (PT).

Num embate entre as casas legislativas, governistas também negociam aliados importantes nas duas principais funções da mesa. Para a presidência, o deputado Arthur Maia (União). Para a relatoria, apostas apontam os senadores Renan Calheiros (MDB) e Eduardo Braga.

Caso G. Dias

Já a oposição quer explorar as imagens em que o general Gonçalves Dias, ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) do atual governo, aparece dentro do Planalto com manifestantes. O militar deve ser um dos primeiros a ser ouvido, além dos outros servidores vistos nos vídeos, ocasião em que o major José Eduardo Natale deu água aos invasores.

“A conduta do GSI também será que ser apurada. Nós não estamos aqui para passar pano em nenhuma autoridade deste país. Será uma CPMI de muito barulho, de muita gritaria, tapa na mesa, grito. Será uma CPI sangrenta”, analisou o deputado José Nelto (Progressistas).

Bolsonaristas vs Planalto

A chamada “tropa de choque” bolsonarista deve ser escalada pela oposição. Os principais nomes são os deputados Eduardo Bolsonaro (PL), filho do ex-presidente Bolsonaro, e Alexandre Ramagem (PL), ex-diretor da Agência Brasileira de Investigação (Abin), e a senadora Damares Alves (PL), ex-ministra da Mulher e Direitos Humanos.

No lado petista, os principais nomes são dos deputados Lindbergh Farias (PT) e André Janones (Avante), além do senador Fabiano Contarato (PT).

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