Delegação de Israel vai ao Catar para negociar possível cessar-fogo

Por Moises Rabinovici

Delegação de Israel vai ao Catar para negociar possível cessar-fogo
Exército de Israel
Reuters

Uma delegação israelense vai partir para o Catar no domingo porque há uma nova proposta do Hamas para trocar reféns por prisioneiros, e implantar um cessar-fogo temporário em Gaza, considerada negociável. Agora, numa primeira fase, o Hamas libertaria reféns mulheres, crianças, idosos e doentes em troca da libertação de 700 a 1000 prisioneiros palestinos, incluindo 100 que cumprem penas de prisão perpétua.

A ida dos israelenses a Doha não significa uma aceitação prévia do plano do Hamas. Só indica que houve uma redução nas exigências que foram rejeitadas antes como “irrealistas”. O Catar pressionou o Hamas com a ameaça de deportação de seus líderes políticos que moram em Doha. O Gabinete de Guerra em Israel deverá se reunir no sábado à noite para fixar as diretrizes para a delegação que vai partir para a nova rodada de negociações, que incluem ainda os Estados Unidos e o Egito.

Uma das principais diferenças entre a nova e antigas propostas do Hamas é a retirada da exigência de cessar-fogo permanente para o início da troca de reféns por prisioneiros. A exigência poderá reaparecer numa outra fase, mas não bloqueia o início da primeira.

Os protestos de familiares de reféns continuaram nesta sexta-feira diante do Ministério de Defesa, em Telavive. Pelos últimos cálculos, haveria, vivos, mais de cem reféns, e corpos de cerca de 30. Paralelo ao impasse das negociações, o Gabinete de Guerra israelense aprovou a invasão do último reduto do Hamas em Gaza, em Rafah. Para tanto, Israel deverá deslocar os civis para oásis em que estariam protegidos, diferentemente de incursões anteriores, em que milhares de civis foram mortos.

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