EUA dizem que exercício de aviação na Guiana é de "rotina"

Por Moises Rabinovici

Os Estados Unidos explicam como "rotina" o exercício que sua aviação e a da Guiana marcaram para esta quinta-feira, coincidindo com a ambição do presidente Nicolas Maduro de anexar Essequibo, região de floresta amazônica e de petróleo.

Rotina? Foi o plebiscito de domingo passado, armado por Maduro, que levou os EUA e Guiana a lembrar que têm um acordo de cooperação militar desde 2022. E o exercício aéreo é para dissuadir Maduro a não entrar em Essequibo.

Nesta sexta-feira, o Conselho de Segurança da ONU vai examinar a disputa entre Guiana e Venezuela. Ambos os países comunicaram que querem resolver o conflito diplomaticamente. Mas Maduro se precipitou ao nomear um interventor para seu "Estado de Guiana Essequiba", além de pedir à sua estatal PDVSA que já distribua licenças para a exploração de petróleo na região. Um mapa venezuelano, com Essequibo parte dele, começou a ser distribuído em Caracas.

O presidente da Guiana, Arfaan Ali, disse que a Venezuela é uma "nação fora da lei" e que conta com o apoio de Lula contra Maduro. E de fato, Lula falou aos diplomatas sul-americanos reunidos no Rio: o Mercosul "não pode ficar alheio" à tensão crescente entre os dois países, e precisa evitar uma guerra.

Um helicóptero militar guianense, que tinha sumido, foi encontrado. Levava comandantes a Essequibo, quando caiu. Do alto, pilotos que o avistaram disseram terem visto sinais de sobreviventes da queda.

Tópicos relacionados

Mais notícias

Carregar mais