O ministro Edson Fachin vê com “muita preocupação” a operação policial no Rio de Janeiro que culminou na morte de 25 pessoas. Nesta quarta-feira (25), o magistrado se encontrou com Luciano de Oliveira Mattos, procurador de Justiça do estado. O Supremo Tribunal Federal enviou uma nota à Band sobre o assunto.
“Ao procurador, o ministro demonstrou muita preocupação com a notícia de mais uma ação policial com índice tão alto de letalidade na data de ontem, mas informou que soube da pronta atuação do Ministério Público e que tem confiança de que a decisão do STF será cumprida, com a investigação de todas as circunstâncias da referida operação”, disse a Suprema Corte.
O ministro é relator de uma ação em que o STF determinou, em fevereiro deste ano, a elaboração de um plano de redução da letalidade policial em comunidades carentes do Rio de Janeiro. Na época, a Corte deu 90 dias para o governo fluminense cumprir a decisão.
Operação matou 25
Na última terça-feira (24), uma operação policial, inclusive com forças federais (Polícia Federal e Polícia Rodoviária Federal), deixou ao menos 25 mortos na região da Vila Cruzeiro, no Complexo da Penha. Gabriele da Cunha Ferreira, 41 anos, está entre as vítimas fatais, baleada dentro de casa.
A polícia, porém, afirma que não atuava no local na hora em que Gabriele foi atingida e que os tiros teriam partido de bandidos. A mulher deixa um filho de 17 anos.
Leia a nota do STF na íntegra
O ministro Edson Fachin, relator da ADPF 635 (na qual o STF determinou a elaboração de um plano de redução da letalidade policial em comunidades do Rio de Janeiro), conversou com o dr. Luciano de Oliveira Mattos de Souza, Procurador de Justiça do Rio (MP-RJ). Ao procurador, o ministro demonstrou muita preocupação com a notícia de mais uma ação policial com índice tão alto de letalidade na data de ontem, mas informou que soube da pronta atuação do Ministério Público e que tem confiança de que a decisão do STF será cumprida, com a investigação de todas as circunstâncias da referida operação.