O ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, comentou nesta sexta-feira (11) a operação da Polícia Federal que investiga o ex-ajudante de ordens, Mauro Cid, e aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro por desvio de bens. Para ele, a compra e venda de joias é um “caminho clássico” de corrupção e lavagem de dinheiro.
“Há muitos estudos que mostram que a compra e venda de joias é um caminho clássico de corrupção e lavagem de dinheiro. Muitos veem como um crime ‘seguro’, que ficará escondido para sempre. Por isso, é essencial sempre investigar o assunto, quando há indícios de ilegalidades”, publicou o ministro nas redes sociais.
A PF deflagrou a “Operação Lucas 12:2”, com o objetivo de esclarecer a atuação de associação criminosa constituída para a prática dos crimes de peculato e lavagem de dinheiro. Além de Mauro Cid, o pai dele, general da reserva Lourena Cid, o ex-ajudante de ordens Osmar Crivelatti e o advogado Frederick Wassef, que já defendeu Bolsonaro.
Estão sendo cumpridos quatro mandados de busca e apreensão, dois em Brasília, um em São Paulo e um em Niterói. Os fatos configuram, em tese, os crimes de peculato e lavagem de dinheiro.
Os investigados são suspeitos de utilizar a estrutura do Estado brasileiro para desviar bens de alto valor patrimonial, entregues por autoridades estrangeiras em missões oficiais a representantes do Estado brasileiro, por meio da venda desses itens no exterior.
O nome da operação é uma alusão ao versículo 12:2 da Bíblia, que diz: “Não há nada escondido que não venha a ser descoberto, ou oculto que não venha a ser conhecido “.