Usuários relatam o início da normalização dos serviços do Facebook, Instagram e WhatsApp no início da noite desta segunda-feira (4), após cerca de seis horas com os serviços fora do ar. A falha afetou tanto os sites, quanto os aplicativos, em todo o mundo. Todas as redes com o problema pertencem ao Facebook.
O problema começou por volta das 12h40 (de Brasília) e virou o tópico mais comentado do Twitter - que não foi afetado pelo problema. O Facebook ainda não se manifestou sobre o motivo da pane em seus serviços, que ainda operavam com alguma instabilidade às 20h.
“Para a enorme comunidade de pessoas e empresas ao redor do mundo que dependem de nós: sentimos muito. Temos trabalhado duro para reestabelecer o acesso aos nossos aplicativos e serviços e estamos felizes em informar que eles estão voltando a ficar online agora. Obrigado por estarem conosco”, postou o perfil do Facebook nas redes sociais.
Os principais aplicativos da empresa caíram: Facebook, Instagram e WhatsApp. Juntos, esses serviços são acessados por mais de 6 bilhões de usuários por mês, nesta que é considerada a maior falha da empresa em uma década.
A princípio, especialistas em tecnologia não veem indícios de ataque hacker e apontam para uma falha nos servidores do Facebook. A queda das três plataformas, de programação diferente entre si, ao mesmo tempo, é outro indício de alguma falha interna.
Como a maioria dos usuários recorreu ao Twitter, a rede social até brincou com o aumento de tráfego e de postagens após o problema. “Alô literalmente a todos”. App de troca de mensagens instantâneas, o Telegram foi outro recurso usado por usuários para driblar o problema.
Outras plataformas, incluindo bancos e empresas, também foram afetadas pela sobrecarga de acessos.
Em junho, uma falha na configuração fez com que as redes falhassem, mas por menos tempo: cerca de 2h30min.
Ações do Facebook caem após falha no serviço
Estimativas apontam que US$ 160 milhões deixaram de circular desde que as redes sociais saíram do ar.
Além do "apagão" nos serviços, outro motivo é a revelação de uma ex-gerente de produtos na rede social, que vazou apresentações que foram base para reportagens do jornal americano “The Wall Street Journal”.
Frances Haugen revelou indícios de que o Facebook protegia celebridades das regras de conteúdo, e que a resposta da empresa às preocupações dos funcionários sobre o tráfico de pessoas foi, por muitas vezes, "fraca".
Além disso, a gigante da tecnologia está na mira da justiça pelas aquisições do Instagram e WhatsApp, em 2012 e 2014. A companhia é suspeita de formar um monopólio e minar o surgimento de concorrentes.