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Irã anuncia extinção da polícia da moralidade e vai rever obrigatoriedade do véu

Protestos contra o uso do hijab no país foram registrados em várias partes do mundo e nos estádios da Copa

Da redação

Torcedores do Irã protestaram contra o regime autoritário e repressão às mulheres
Torcedores do Irã protestaram contra o regime autoritário e repressão às mulheres
HAMAD I MOHAMMED/Reuters

O governo do Irã anunciou neste domingo (4) que vai revisar a lei que exige que as mulheres cubram suas cabeças com o hijab, o véu islâmico. O procurador-geral do país, Hojatolislam Mohammad Jafar Montazar, disse que a polícia de moralidade do Irã, encarregada de fazer cumprir o código de vestimenta islâmico do país, está sendo dissolvida. 

Vários países registraram nas últimas semanas manifestações contra a morte de Mahsa Amini, uma iraniana de 22 anos. A jovem de origem curda, morreu sob custódia em 16 de setembro após sua prisão pela polícia de moralidade do Irã por uma suposta violação do código de vestimenta.

Desde a morte de Amini, um número crescente de mulheres não está usando o hijab. Na Copa do Mundo, o nome de Amini aparece em camisetas e faixas usadas por torcedores e torcedoras do Irã. Mais de duas mil pessoas foram acusadas devido aos protestos. 

Autoridades da república islâmica descrevem os protestos como motins e acusam os Estados Unidos e Israel de ajudar o movimento. Com o véu como estopim, os protestos foram impulsionados por mulheres iranianas. No Irã, as mulheres não podem frequentar os estádios.

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