Israel e o Hamas voltaram ao hospital Al Shifa, na madrugada desta segunda-feira, e travaram um combate em que morreram 40 palestinos, entre eles um comandante, Faiq Mabhouh, e um soldado israelense. O último encontro das forças rivais se deu em novembro, mas não impediu que o hospital fosse reocupado para voltar ativamente à guerra e lançar ataques aos vilarejos da fronteira de Israel.
Para este segundo encontro, as tropas israelenses levaram arabistas, para informar aos civis refugiados para onde deveriam fugir, e vários médicos, para atender os doentes internados, se necessário. A tropa foi recebida a tiros, e os combates prosseguiram pela manhã, com a força aérea e tanques atacando o entorno. Um comando especial tentou render o comandante Faiq Mabhouh, responsável pela sincronização de vários batalhões do Hamas em Gaza.
Mabhouh era irmão de Mahmoud, chefe de logística do Hamas responsável pela compra de armamentos, assassinado em Dubai, em 2010, por um grupo que portava vários passaportes e que teria sido enviado pelo Mossad israelense.
Além dos 40 mortos, 20 dentro e 20 fora do hospital, Israel prendeu 200 suspeitos, interrogados pelo Shin Bet imediatamente. A vizinhança do Shifa foi aconselhada a buscar abrigo em al-Mawasi, uma zona humanitária aberta no litoral sul de Gaza. A operação foi qualificada como de “alta-precisão”, limitada ao hospital, porque os serviços de inteligência apresentaram “provas concretas” que “demandaram uma ação imediata”.