Ferido na explosão dos pagers no Líbano e liberado nesta sexta-feira do hospital, o líder do Conselho Jihad do Hezbollah, Ibrahim Aqil, foi morto horas depois no ataque da aviação israelense a Beirute, com mais outras sete pessoas
A morte de Aqil foi confirmada por jornais israelenses e sauditas. Sua captura tinha um prêmio de sete milhões de dólares oferecida pelos EUA por seu envolvimento na morte de 299 soldados americanos e franceses no Líbano, em 1983, com a explosão de dois carros bombas.
O alvo do ataque de Israel, que incluiu um dos novos caças F-35, foram dois prédios no bairro de Beirute que é um reduto do Hezbollah, Dahiyeh, onde foram mortos o chefe militar do Hezbollah, Fuad Shukr, em julho, e o vice-líder do Hamas, Saleh al-Arouri, em janeiro.
O Hezbollah disparou contra o norte de Israel cerca de 140 mísseis, mesmo depois que a aviação israelense tenha informado que destruiu cem rampas de lançamentos já armadas durante a madrugada.
Para ambos, a guerra ainda não começou, oficialmente, mesmo depois de uma semana de explosões de pagers e walkie-talkies, e bombardeios mútuos na fronteira dos dois países.
Israel suspendeu as aulas nas escolas do norte, fechou a civis os campos de treinamento militar, concentrou tropas ao longo dos 17 km de fronteira com o Líbano, e aconselhou a todos que fiquem próximos de abrigos antiaéreos.
O secretário da Defesa dos EUA adiou sua visita a Jerusalém, que começaria nesta sexta-feira, e o primeiro-ministro Netanyahu atrasou em um dia sua partida para Nova York, onde falará à Assembleia Geral da ONU.