Jornal da Band

20 anos do 11 de setembro: Como Nova York conseguiu se recuperar depois dos atentados

Cidade precisou se reinventar para lutar contra o fantasma dos ataques terroristas

Eduardo Barão, do Jornal da Band

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Depois dos atentados de 11 de setembro de 2001 em Nova York, nos Estados Unidos, a cidade, as famílias das vítimas e os sobreviventes precisaram lutar para tentar espantar o fantasma da tragédia que abalou o mundo.

Os locais exatos onde estavam as torres gêmeas foram transformados em monumentos para homenagear quem morreu nos ataques. Um deles é o museu do 11 de setembro, que fica sob o memorial. Logo na entrada, é possível ver duas vigas de aço remanescentes da fachada da torre norte. 

Cerca de 30 metros abaixo do nível da rua, está exposta parte da fundação do antigo World Trade Center, que foi tombada como Patrimônio Histórico Nacional.

Para reconstruir a área sul de Manhattan, foi levantado um complexo de prédios. Um deles é o mais alto do município, com 541 metros de altura, e fica no mesmo local onde estavam as torres gêmeas. 

Galeria de Fotos

Retrospectiva 11 de setembro de 2001
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05h45 - Terroristas armados passaram pelo sistema de segurança de aeroportos americanos. Os sequestradores Mohamed Atta (à direita) e Abdul Aziz al-Omari (ao centro)Reprodução 9/11 Memorial.Org /Cortesia do Departamento de Justiça dos Estados Unidos.
07h35 - Cinco terroristas passaram pelo controle de segurança do Aeroporto Internacional Washington Dulles com destino também à Los Angeles, CalifórniaReprodução 9/11 Memorial.Org /Cortesia do Departamento de Justiça dos Estados Unidos.
07h59 - Partindo de Boston, o voo 11 da American Airlines decola. Nele estavam: 11 tripulantes, 76 passageiros e cinco sequestradores. Mapa de assentos mostra, em laranja, as poltronas dos sequestradores Reprodução 9/11 Memorial.Org /Ilustração cortesia do Departamento de Justiça dos Estados Unidos.
08h19 - A comissária de bordo Betty An Ong entra em contato com a American Airlines sobre o sequestro do voo. Minutos antes, o passageiro Daniel Lewin foi esfaqueado por, provavelmente, Satam al-Suqami --a primeira vítima do ataque.Reprodução 9/11 Memorial.Org /Cortesia do Departamento de Justiça dos Estados Unidos.
08h20 - Voo 77 decola do Aeroporto de Washington Dulles com seis tripulantes, 53 passageiros e cinco sequestradores. Mapa de assentos mostra, em laranja, as poltronas dos sequestradores Reprodução 9/11 Memorial.Org /Ilustração cortesia do Departamento de Justiça dos Estados Unidos.
08h20 - Grupo que ia para uma conferência do National Geographic Society e embarcou no voo 77Reprodução 9/11 Memorial.Org /Fotógrafo desconhecido, cortesia da National Geographic.
08h42 - Voo 93 decola com atraso do Aeroporto Internacional de Newark, em Nova Jersey, para San FranciscoReprodução 9/11 Memorial.Org /Ilustração cortesia do Departamento de Justiça dos Estados Unidos.
08h46 - Boeing 767 é lançado contra os andares 93 a 99 da Torre Norte do World Trade Center. Além dos passageiros, centenas de pessoas que estavam nos setes andares também morreramReprodução 9/11 Memorial.Org /Coleção 9/11 Memorial Museum, Arquivo Roberto Rabanne, fotografia de Roberto Rabanne.
08h46 - Boeing 767 é lançado contra os andares 93 a 99 da Torre Norte do World Trade Center. Além dos passageiros, centenas de pessoas que estavam nos setes andares também morreramReprodução 9/11 Memorial.Org /Coleção do 9/11 Memorial Museum, presente de Nicholas Kornfeld
08h46 - Nas zonas de impacto estavam empresas como a Marsh & Mclennan, onde morreram 354 funcionários; a Cantor Fitzgerald, nos andares 101 a 105, teve o maior número de óbitos do acidente: 706 pessoasReprodução 9/11 Memorial.Org /Coleção 9/11 Memorial Museum, Arquivo Roberto Rabanne, fotografia de Roberto Rabanne.
09h00 - Brian David Sweeney, passageiro do voo 175, deixa uma mensagem de voz para sua esposa, Julie, e liga para a sua mãe relatando o sequestroReprodução 9/11 Memorial.Org /Cortesia do Departamento de Justiça dos EUA.
09h03 - Voo 175 da United Airlines é lançado contra os andares 77 a 85 na Torre Sul do World Trade Center. Na imagem, o momento em que o avião se aproxima para colidir com o edifícioReprodução 9/11 Memorial.Org /Coleção 9/11 Memorial Museum, fotografia de Kelly Guenther.
09h03 - O impacto na segunda torre destrói duas das três escadas de emergência e corta a maioria dos cabos de elevador, deixando pessoas presas. Outras centenas de pessoas nos andares acima da zona de impacto ficaram presasReprodução 9/11 Memorial.Org /Coleção 9/11 Memorial Museum, Arquivo Roberto Rabanne, fotografia de Roberto Rabanne.
09h37 - Voo 77 da American Airlines é lançado contra o Pentágono, sede do Departamento de Defesa dos EUA. A colisão e o incêndio posterior mataram 125 militares e civis no solo, além dos passageiros e tripulantes Reprodução 9/11 Memorial.Org /Coleção do 9/11 Memorial Museum, presente de BlindSpot News / Bob Pugh.
09h58 - Ao menos 37 ligações telefônicas foram feitas a partir do voo 93. Mark Bingham é um dos passageiros que consegue ligar para sua mãe, Alice HoaglandReprodução 9/11 Memorial.Org /Cortesia do Departamento de Justiça dos EUA.
09h59 - Depois de queimar por 56 minutos, a Torre Sul desabou totalmente em 10 segundos. Mais de 800 civis e socorristas dentro e ao redor do edifício morreram na quedaReprodução 9/11 Memorial.Org /Coleção 9/11 Memorial Museum, Arquivo Roberto Rabanne, fotografia de Roberto Rabanne.
09h59 - Uma nuvem de fumaça invadiu as ruas de Nova York com escombros da queda da Torre Sul. A imagem foi feita por turistas que visitavam a cidadeReprodução 9/11 Memorial.Org /Coleção do 9/11 Memorial Museum, presente de Carl Tjerandsen.
10h03 - O vôo 93 caiu em um campo perto da cidade de Shanksville, no condado de Somerset, na Pensilvânia. Passageiros e a tripulação invadiram a cabine de controle onde estavam os sequestradores. Todos morreram na queda.Reprodução 9/11 Memorial.Org /Cortesia do Departamento de Justiça dos EUA.
10h15 - Área da fachada oestes do Pentágono atingida pelo voo 77 desabaReprodução 9/11 Memorial.Org /Coleção do 9/11 Memorial Museum, presente do fotógrafo Michael Garcia.
10h28 - Torre Norte do World Trade Center desabou depois de queimar por 102 minutosReprodução 9/11 Memorial.Org /Coleção do 9/11 Memorial Museum, presente de John F. O’Sullivan, Jr.
10h28 - Mais de 1.600 pessoas morreram no ataque da Torre NorteReprodução 9/11 Memorial.Org /Coleção do 9/11 Memorial Museum, presente de John F. O’Sullivan, Jr.
11h02 - Prefeito de Nova York, Rudolph Giuliani, pede que a população deixe a região da Baixa ManhattanReprodução 9/11 Memorial.Org /Coleção 9/11 Memorial Museum, Arquivo Roberto Rabanne, fotografia de Roberto Rabanne.
11h03 - Poeira da queda das Torres Gêmeas toma o céu de ManhattanReprodução 9/11 Memorial.Org /Coleção 9/11 Memorial Museum, Arquivo Roberto Rabanne, fotografia de Roberto Rabanne.
12h30 - Grupo de 14 sobreviventes é encontrado nas ruínas de uma escadaria da Torre Norte, sendo 13 socorristas e um civilReprodução 9/11 Memorial.Org /Coleção 9/11 Memorial Museum, fotografia deYasuhide Joju, presente de Here is New York.
13h00 - Queda das Torres Gêmeas começa a ser tratada como Marco Zero, expressão usada para uma região na terra onde aconteceu uma explosãoReprodução 9/11 Memorial.Org /Coleção do 9/11 Memorial Museum, presente de John F. O’Sullivan, Jr.
15h00 - O Corpo de Bombeiros de Nova York encontrou um sobrevivente nos escombros da Torre Norte. Pasquale Buzzelli, funcionário da autoridade portuária, se encolheu em posição fetal no momento do desabamentoReprodução 9/11 Memorial.Org /Coleção 9/11 Memorial Museum, Arquivo Roberto Rabanne, fotografia de Roberto Rabanne.
17h20 - Edifício 7 do World Trade Center colapsa devido ao incêndio descontrolado ao seu redorReprodução 9/11 Memorial.Org /Coleção 9/11 Memorial Museum, Arquivo Roberto Rabanne, fotografia de Roberto Rabanne.

O projeto do novo World Trade Center é de Daniel Libeskind, que venceu a competição com profissionais do mundo todo em 2002. “Não se trata apenas de aumentar a segurança dos prédios, mas de criar um espaço que tenha função social para as pessoas bem no meio de Nova York e de fazer algo melhor do que construir duas torres. Criar um lugar que tenha um propósito social para a cidade”, conta Libeskind.

O brasileiro Larri Pinto de Faria é um sobrevivente do 11 de setembro. No dia do ataque, ele trabalhava em uma corretora no 25º andar da primeira torre que foi atingida. 

“Eu olhei pro cara do meu lado que era brasileiro, meu amigo e falei ‘isso aqui vai cair, vamos embora daqui’. Na mesma hora peguei minhas coisas e já fui para a escada de emergência. Quando eu cheguei lá embaixo, que eu botei o pé na rua, foi o primeiro momento que eu senti que eu ia sobreviver, porque até aquele momento eu estava apavorado”, conta

Ele foi testemunha do poder de superação do nova-iorquino. Depois do ataque, ele viveu quase 20 anos nos Estados Unidos e viu a área das antigas torres gêmeas se transformarem. Voltou ao Brasil há menos de um ano. 

“Todo mundo ajudou, todo mundo se esforçou para a volta à normalidade. Então foi um sentimento de solidariedade, acho que essa é a palavra principal, isso o nova-iorquino tem nos momentos difíceis”, afirma.

Julgamento de acusados

Nesta semana foi retomado o julgamento de cinco acusados de participação nos ataques. Eles estão presos na prisão militar de Guantânamo, em Cuba. Não há previsão para divulgação da sentença.

Entre eles está Khalid Sheikh Mohammed, apontado como autor intelectual dos atentados de 11 de setembro. 

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