O agronegócio representou quase metade das exportações brasileiras no ano passado, equivalente a 49%. Mesmo com o resultado expressivo, a Confederação da Agricultura e Pecuária (CNA) diz que fatores climáticos têm afetado, principalmente, a produção de soja e milho neste ano.
Diante desse cenário, a CNA entregou, nesta quarta-feira (24), ao ministro da Agricultura, Carlos Fávoro, as principais propostas do setor para o próximo Plano Safra. São 10 pontos principais.
Entre os destaques, a ampliação de linhas de investimento e crédito para os pequenos e médios produtores e a regulamentação da lei que criou o fundo de catástrofe. Mas a prioridade número um é o aumento de recursos para o Seguro Rural.
“A questão do Seguro Rural precisa ser levada muito a sério. A gente pede a complementação no mínimo de mais R$ 2 bilhões e, para a próxima safra, R$ 4 bilhões, para a safra 25”, disse José Mário Schreiner, vice-presidente da CNA.
Ação do governo
Fávaro informou como o governo deve agir sobre estimular a produção de produtos essenciais, a exemplo, do arroz, feijão, trigo. Isso, para o ministro, tende a controlar a inflação sobre os itens em tempos de intempéries climáticas.
"O governo pretende, neste Plano Safra, ter um estímulo à produção de produtos essenciais, como arroz, feijão, trigo, milho, mandioca, estimulando que seja plantado em toda as regiões brasileiras, na primeira e na segunda safra, por meio de mecanismos de apoio à comercialização, o que minimiza os riscos de intempéries climáticas e também ajuda o combate à inflação”, pontuou o ministro.
Aproximação de Lula
O encontro ocorre em meio a um esforço do governo de tentar se aproximar do agronegócio. Sinalizações de apoio ao setor pelo Palácio do Planalto são feitas, como a visita, há duas semanas, do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ao Mato Grosso do Sul.
Na viagem ao Mato Grosso do Sul, Lula propôs uma parceria com o governador Eduardo Riedel para que o estado e a União se unam num objetivo de compra de terras para que sejam destinadas aos indígenas Guarani-Kaiowá, em Dourados.
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