Ataque terrestre em Gaza repercute no mundo, e Israel sinaliza aumentar ofensiva

Segundo o exército de Israel, 600 pontos de operação do Hamas foram destruídos nas últimas 24 horas

Da redação

Ataque terrestre em Gaza repercute no mundo, e Israel sinaliza aumentar ofensiva
Israel avança sobre território de Gaza
Reuters

Tanques do exército de Israel cercam, neste momento a cidade da Gaza, a maior do território palestino. Hoje, o Hamas divulgou um vídeo que mostra três reféns israelenses criticando o primeiro-ministro do país, Benjamin Netanyahu.

O governo israelense, porém, não se intimida. Contra Gaza, lança uma investida pelo mar, ar e terra. Já são quatro dias ininterruptos de incursão terrestre.

Segundo o exército de Israel, 600 pontos de operação do Hamas foram destruídos nas últimas 24 horas. Um vídeo mostra quando um motorista percebe um tanque israelense na Faixa de Gaza. O condutor tentou dar meia volta, mas foi explodido.

Gradativamente, as tropas israelenses tentam avançar, mas encontram a resistência dos cerca de 40 mil combatentes do Hamas. Já há a presença de soldados na principal estrada que liga o norte ao sul do território palestino.

Refém teria sido decapitada

Uma das reféns raptadas na rave pelos terroristas do Hamas teve a morte confirmada nesta segunda-feira (30). A vítima é Shani Louk, de 22 anos, uma DJ alemã-israelense. A última imagem dela foi na caçamba de uma caminhonete.

Mais cedo, o presidente de Israel, Isaac Herzog, disse que partes do corpo da jovem foram encontradas pelos soldados israelenses dentro de Gaza. Ela teria sido decapitada, segundo o político.

239 reféns

As negociações para a libertação de reféns não têm avançado. São 239, segundo Israel. As forças armadas israelenses afirmam que, numa operação, conseguiram resgatar a militar Uri Magidish.

O Hamas divulgou um vídeo de outras três mulheres capturadas no dia 7 de outubro, quando houve a primeira invasão a Israel. A mensagem delas é dura para Netanyahu. Dizem que a invasão foi um fracasso político do premiê de Israel.

Desespero em Gaza

Em Gaza, as cenas de desespero se repetem. Armazéns da ONU, com comida e remédio, foram saqueados. Hoje, 33 caminhões entraram com ajuda humanitária. Antes da guerra começar, cerca de 500 abasteciam a região diariamente.

Hoje também foi a primeira vez que Mohamed Zaki e os filhos conseguiram fazer uma refeição em 24 dias. No prato, arroz e um pedaço de carne.

“Eu tinha uma loja antes de tudo isso acontecer. Foi destruída no segundo dia de guerra. Hoje vivo no meio da destruição e das explosões, apenas esperando a misericórdia de Deus”, disse Zaki.

Apoio a Israel não é incondicional

Líderes do Ocidente são cada vez mais enfáticos sobre a necessidade da proteção de civis e a entrada de mais ajuda humanitária da Faixa de Gaza.

Israel segue com apoio, mas ele não é incondicional. Os efeitos colaterais do que acontece no Oriente Médio aumentam a cada dia na Europa com mais antissemitismo, islamofobia e risco de ataque terrorista. O governo britânico realizou uma reunião de emergência para debater a segurança interna.

Barril de pólvora na Cisjordânia

A Cisjordânia está um barril de pólvora prestes a explodir. Mortes e prisões têm acontecido quase que diariamente. Israel bombardeou o campo de refugiados de Jenin, no que disse ser um ataque contra forças terroristas. Quatro palestinos morreram.

Já na fronteira ao norte, a troca de mísseis segue com o Hezbollah. A cada passo que Israel dá na Faixa de Gaza, reações acontecem ao redor do mundo. São 24 dias de confronto. Israel dá sinais de que a ofensiva só tende a aumentar.

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