Fernando Villavicencio tinha 59 anos e era um dos oito candidatos à presidência do Equador. O político foi assassinado com três tiros na cabeça após sair de um comício na capital Quito, na tarde da última quarta-feira (9), pelo horário local.
Villavicencio fazia parte do Movimento Construye, partido de centro-esquerda. O ex-jornalista era conhecido pelo discurso anticorrupção e de combate ao narcotráfico. O próprio chegou a denunciar vários crimes.
O político prometeu que uma das primeiras coisas que faria, caso fosse eleito, seria uma reforma no sistema de segurança. As últimas pesquisas eleitorais indicavam Villavicencio em quinto lugar nas intenções de voto, com 7,5%.
No momento do crime, testemunhas disseram que ouviram pelo menos 30 disparos. Muita gente se jogou no chão na hora do atentado e nove pessoas ficaram feridas. A irmã do candidato contou que estava atrás dele. No meio de tantos tiros, só conseguiu se abaixar e correr.
Facção reivindicou autoria
A segunda maior facção do Equador divulgou um vídeo em que assume a autoria do crime. Encapuzados e com armas na mão, membros dos “Los Lobos” ameaçaram atacar outros políticos.
Horas depois, um novo vídeo tentou desmentir que a facção tenha cometido o crime. Homens, dessa vez sem máscaras, disseram que não são responsáveis pelo assassinato do candidato.
Comoção
A morte brutal do político ocorreu há 11 dias das eleições. Pessoas indignadas protestaram em frente ao hospital onde a morte de Villavicencio foi confirmada.
Já era madrugada quando o presidente Guillermo Lasso reuniu as autoridades ligadas à segurança e à organização das eleições do próximo dia 20, que foram mantidas.
“Este é um crime político, com caráter terrorista, e uma tentativa de sabotar o processo eleitoral”, disparou Lasso.