Os alunos da Universidade de Columbia, em Nova York, ignoraram o ultimato da reitoria e não só mantiveram o acampamento no jardim da instituição como invadiram um dos principais prédios do campus. A ação é um protesto pró-Palestina devido à guerra na Faixa de Gaza, onde mais de 30 mil já morreram, sobretudo mulheres e crianças.
Portas e janelas foram quebradas e centenas de manifestantes ocuparam o Hamilton Hall. Os alunos passaram correntes pelas portas e se trancaram parte interna do prédio. O local já foi palco de outra invasão, durante atos contra a Guerra do Vietnã, em 1968.
Para desmontar o acampamento, os manifestantes exigem três condições:
- fim do financiaento israelense na instituição;
- transparência nas contas da universidade; e
- anistia a alunos e professores que participam dos atos.
As manifestações contra o massacre em Gaza se espalharam pelo país. O que antes era visto como movimento isolado virou dor de cabeça para reitores e autoridades locais. Em duas semanas de protestos, o número de presos já passa de mil.
Em ano de eleição nos Estados Unidos, o governo de Joe Biden mostra preocupação com a possibilidade de racha em uma histórica base de apoio do Partido Democrata, a dos jovens que têm criticado o apoio irrestrito a Israel.
Representantes do governo têm dado sinais ambíguos sobre as manifestações. Dizem que os estudantes têm o direito de protestar, mas condenam atos de intolerância e antissemitismo. Já a oposição republicana aproveita a crise ao culpar a Casa Branca pela instabilidade no ambiente acadêmico.
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