Depois de reunião com a Petrobras, a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, disse que a decisão do Ibama contra exploração de petróleo na Amazônia está mantida, mas a empresa poderá apresentar novo pedido.
A ordem de Lula foi buscar a conciliação entre Ibama e Petrobras. A conversa mediada pelo ministro-chefe da Casa Civil, Rui Costa, é parte de um movimento para arbitrar a disputa entre os ministros de Minas e Energia, Alexandre Silveira, e do Meio Ambiente, Marina Silva.
O presidente do Ibama, Rodrigo Agostinho foi chamado para explicar as razões do veto à licença ambiental de estudos da Petrobras sobre a exploração de petróleo na região da foz do Rio Amazonas, no Amapá.
Ele apontou a distância da base logística como entrave para garantir assistência rápida em caso de vazamentos e avaliou que a Petrobras pode conseguir a licença se fizer ajustes.
O ministro de Minas e Energia enviou ofício à Petrobras solicitando que a estatal complete as informações para reapresentar o pedido de licença.
Na saída, a ministra Marina Silva disse que a empresa poderá apresentar novos pedidos de avaliação do empreendimento.
"Uma licença negada, ela está negada. O que acontece é que o empreendedor tem o direito de apresentar quantas vezes ele quiser. Terá que fazer avaliação ambiental estratégica como já era recomendado desde 2012 para um empreendimento desse nível de complexidade. O que a Petrobras vai fazer, aí depende da Petrobras”, disse.
O ministro Rui Costa saiu do encontro aqui no Palácio Planalto e seguiu ao palácio da alvorada para apresentar o cenário dessa queda de braço entre os ministros. Lula chegou de viagem nesta madrugada e não tinha compromissos oficiais na agenda.