No prédio onde Ziraldo morava e onde morreu aos 91 anos, na Lagoa, no Rio de Janeiro, o autor e cartunista era conhecido pelos vizinhos por um hábito curioso.
O síndico do prédio onde Ziraldo morava contou à Band como era conviver com o hábito. “Quando ele descia de madrugada, assobiando, a gente já sabia que ele estava indo ao estúdio criar”, conta Sérgio Ribeiro.
O autor, famoso pela turma do "O Menino Maluquinho" e "Turma do Pererê", trabalhava em um ateliê na frente do prédio em que morava. O assovio, agora, não será mais ouvido, mas irá continuar ecoando por gerações.
Para o sobrinho, André Alves Pinto, a arte que Ziraldo deixa se torna uma responsabilidade para a família. “Ele deixa uma herança para a gente, que assim, é uma responsabilidade muito grande”, pontua.
Ziraldo morreu aos 91 anos, após ter uma piora no quadro de saúde. Entre 2018 e 2022, ele teve três AVCs e, nos últimos meses, estava acamado e se alimentando por sonda. Em 2019, chegou a produzir conteúdos em vídeo para a Bienal, porque, por questões de saúde, não participaria do evento pela primeira vez.