Jornal da Band

Jornalista é executado em cidade que faz fronteira entre Brasil e Paraguai

Humberto Coronel, de 33 anos, levou oito tiros e morreu enquanto tentava abrir a porta do carro estacional em frente ao local de seu trabalho

Por Rodrigo Hidalgo

A execução de um jornalista na fronteira na cidade de Pedro Juan Caballero, na fronteira do Paraguai com o Brasil, aumentou a tensão na região dominada pelo crime organizado.

Humberto Coronel, de 33 anos, levou oito tiros e morreu enquanto tentava abrir a porta do carro estacionado em frente ao seu local de trabalho. O crime aconteceu em frente à rádio Amambay, logo depois de apresentar o programa matinal que ele tinha. 

O jornalista falava de temas como as ações do crime organizado na fronteira. Na última edição, ele criticou o trabalho da polícia diante da crescente insegurança em Pedro Juan Caballero.

Humberto Coronel tinha recentemente recebido ameaças de morte, mas teria se recusado a receber proteção policial. Mesmo assim, as autoridades locais determinaram que dois agentes ficassem de plantão perto da rádio. Eles estavam a 100 metros do local no momento do assassinato. Agora, quatro promotores de Justiça vão acompanhar a investigações.

A Rádio Amambay pertence a família do ex-prefeito de Juan Caballero, José Carlos Acevedo, que foi morto a tiros em maio desse ano. A emissora foi alvo de um ataque a bomba em 2016. Outro jornalista da mesma rádio também recebeu ameaça de morte no mês de junho.

Com a morte de Humberto Coronel, subiu para 20 o número de jornalistas assassinados no Paraguai nos últimos 30 anos. A maioria, em áreas em fronteira. A violência nessas regiões só aumenta por causa da atuação do PCC na disputa pelo controle do tráfico internacional de drogas. 

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