Um relatório da Polícia Federal mostrou que, antes de ser preso na Espanha, o oficial da Aeronáutica que traficava cocaína em aviões da FAB já tinha transportado drogas outras vezes desse mesmo jeito. As informações são do Jornal da Band.

O flagrante de 39 kg de cocaína com um sargento em um avião da Força Aérea virou escândalo internacional em 2019. Manoel Silva Rodrigues fazia parte de uma equipe de apoio da comitiva presidencial durante uma viagem ao Japão para reunião da cúpula do G-20. A droga foi encontrada durante uma escala em Sevilha.

Uma investigação da PF, revelada pelo portal UOL, aponta que o sargento teria transportado cocaína em pelo menos sete viagens oficiais, sendo quatro em voos domésticos e três em voos internacionais – todos com parada na Espanha.

Um deles foi a missão diplomática em abril de 2019 para o Azerbaijão, com escala em Madri. O relatório indica também que o esquema continuou mesmo após a prisão do sargento, condenado na Espanha a seis anos de prisão.

Manoel sempre comprava bens e pagava dívidas após as viagens. A Polícia Federal acredita que ele teve ajuda de outros militares no tráfico de cocaína.

Ainda são investigados um tenente-coronel, dois sargentos, um ex-soldado e a mulher do sargento preso na Espanha.

A FAB diz que as normas de segurança durante as missões oficiais nas bases militares foram revisadas e aperfeiçoadas.