Agora, todos os municípios de São Paulo têm a Patrulha Maria da Penha. O trabalho é feito por policiais militares que fazem ronda em lugares onde foram registrados casos de violência. A equipe vai até as casas das vítimas para acompanhar de perto a situação.
“Nós precisamos aproveitar esse acesso nesse momento de urgência para levar algo mais. E, no caso da patrulha Maria da Penha, é para levar orientação, acolhimento, levar direcionamento a essa mulher essa vítima de violência doméstica”, explicou a tenente-coronel Eunice Rosa Godinho, comandante do 14º Batalhão da Polícia Militar.
Os casos de violência doméstica aumentaram durante a pandemia do novo coronavírus. Só em São Paulo, as denúncias cresceram 42%.
A jornalista Natália Santana foi uma dessas vítimas. E apesar de ter procurado ajuda em uma Delegacia da Mulher, não teve o atendimento adequado.
“Lá eu pensei: ‘Vai ser um lugar onde eu vou me sentir amparada e vou me sentir segura para questionar o que eu preciso para resolver meu problema’. Quando eu vi, eu não fui bem atendida – muito pelo contrário, eu me senti coagida. Pensei: ‘Por que eu estou aqui nesse local? Acho que eu não deveria estar aqui’”, disse.
“De lá para cá, não tive mais tantos problemas. Mas eu já tenho um receio de voltar se eu precisar”, acrescentou Natália.
A ronda funciona como apoio para que as mulheres se sintam seguras e sigam com a denúncia. Durante as visitas, o policias também mostram como funciona o aplicativo SOS Mulher.
Em todo o Estado de São Paulo, a vítima que tem medida protetiva pode baixar e usar um botão de pânico caso o agressor se aproxime. A polícia é avisada imediatamente.
Quem estiver passando por alguma situação de violência física, sexual ou psicológica pode procurar delegacia, ou ligar nos números 190 e 180.