Jornal da Band

Petrobras fará novo pedido para explorar petróleo na Amazônia

Estatal quer reavaliação do Ibama sobre licença ambiental para explorar a região da foz do Amazonas, no litoral do Amapá

Por Nathália Pase

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A Petrobras vai pedir ao Ibama que reavalie o veto à licença ambiental com medidas adicionais de proteção para explorar a região da foz do Amazonas, no litoral do Amapá.

A estatal propõe disponibilizar 100 profissionais, 12 embarcações e cinco aeronaves. Essa seria a base com maior estrutura de resposta a emergências já oferecida até hoje no brasil, segundo a empresa.

A sonda já está lá, e chegou a três mil metros de profundidade. Agora depende da licença do Ibama para perfurar mais quatro mil metros, perfurar a chocha e chegar ao petróleo, recolher amostras e avaliar se compensa a exploração.

Em nota, a companhia afirma que terá o compromisso de ampliar a base de estabilização da fauna no município de Oiapoque, no Amapá. Assim, caso aconteçam acidentes, o atendimento será mais rápido. Segundo a empresa, nunca foram registrados vazamentos de óleo em operações de perfuração. 

Os dois ministros envolvidos na queda de braço dentro do governo, a do Meio Ambiente e o de Minas e Energia, aproveitaram audiências públicas no Congresso para passar recados. Alexandre Silveira classificou como inadmissível a decisão do Ibama.

"Será uma incoerência e um absurdo com brasileiros que precisam do desenvolvimento econômico com frutos sociais e equilíbrio ambiental. Outras petroleiras no mundo ganharam blocos de petróleo ali e vão discutir com a união ressarcimento de recursos investidos, inclusive de outorga”, disse.

Já Marina Silva diz que o novo pedido será avaliado, mas a decisão não deve sair logo.

Uma avaliação dessa leva de dois anos a dois anos e meio. E a decisão do governo foi de que nós vamos fazer sim a avaliação ambiental estratégica. Os atalhos não são bons em determinadas questões, é melhor a gente fazer o caminho, e fazendo o caminho as coisas acontecem."

A estimativa é que o litoral que vai do Amapá ao Rio Grande do Norte seja uma espécie de novo pré-sal, com potencial para produzir 30 bilhões de barris. A empresa separou US$ 3 bilhões para investir em 16 perfurações na área, tudo ainda em fase de sondagem.

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