Aos poucos, o Pantanal vai se recuperando dos incêndios florestais do ano passado. Além da vegetação, animais também renasceram.
O Pantanal abriga milhares de diferentes espécies dentro de uma paisagem que é regulada pelo fluxo das águas.
A reportagem do Jornal da Band voltou ao local em março, 6 meses depois que os incêndios consumiram 30% desse bioma, que tem a sua maior parte dos estados do Mato Grosso e Mato Grosso do Sul.
Em uma série de reportagens especiais, mostramos veterinários que trabalharam duro e ainda trabalham para salvar os animais feridos pelos incêndios.
O fogo consumiu mais de 90% dessa área do Sesc Pantanal, onde se encontra a maior reserva particular do País. É quase do tamanho da cidade do Rio de Janeiro.
Lais Novaes é veterinária e Diego de Almeida é estagiário de zootecnia.
“A gente via o fogo, via animais correndo do fogo. Então era um trabalho bem delicado pra gente fazer, pra não assustar o animal. O animal está correndo do fogo e vê a gente, ele se sente ameaçado, quer pular pra dentro do fogo. É um trabalho muito, muito delicado mesmo”, explica o estagiário.
Todo dia é assim, desde que o incêndio feriu os animais. Em recuperação, estão uma queixada, carinhosamente chamada de Pururuca. E os dois filhotes de antas, o Tião e a Jabuticaba. Eles tiveram problemas nas patas por causa do fogo.
Diego e Laís vieram ao Pantanal graças à Ampara Animal, uma intuição que existe há 11 anos e é preocupada com o bem estar e sobrevivência de animais pelo Brasil afora. Veterinários e biólogos do país todo procuraram a ampara e se ofereceram como voluntários.
Muitos animais foram salvos e voltaram à natureza. Agora foi a vez da Pururuca. Ela estava prenha quando foi resgatada, mas perdeu o filhote por causa do estresse. E agora voltou a natureza em um Pantanal que está aos poucos se recuperando.