Rússia intensifica ataques, e tropas se aproximam de capital Kiev

A Rússia intensificou os ataques no 17º dia de conflito com a Ucrânia. As tropas do país estão cada vez mais perto da capital Kiev.

Nos arredores, o vilarejo de Byshiv foi reduzido a ruínas. A polícia ucraniana disse que o ataque matou duas crianças e cinco adultos. Os atentados comprometeram os planos para esvaziar ainda mais a capital da Ucrânia ao longo deste sábado. As defesas ucranianas tentam retardar os avanços dos invasores para a principal cidade do país em Bucha e Brovary, cidades periféricas em relação a Kiev.

Desde a última sexta (11), os russos passaram a bombardear mais três cidades mais ao centro e oeste da Ucrânia: Dnipro, Lutsk e Ivano-Frankivs’k. As tropas de Putin têm investido em ataques aéreos, já que enfrentam muita resistência para avançar por terra.

Vídeo: veja as principais frentes de ataque da Rússia na Ucrânia

Enquanto avançavam em direção à capital, tanques russos foram atacados. Um vídeo do governo ucraniano mostra os blindados sendo atingidos por mísseis. Outros tentam escapar da linha de tiro, fugindo da rodovia, além de algumas pessoas. Nenhum integrante do exército de Kiev comentou o caso.

Em Vasilkiv, uma base aérea ucraniana foi destruída por um bombardeio russo. Os foguetes também atingiram um depósito de armas e munição.

Em Mikolaiv, um homem escapou por pouco de ser atingido por dois mísseis que caíram em um prédio residencial.

Em Lviv, no oeste do país, moradores montaram barricadas para impedir a chegada das tropas russas. Além disso, milhares de homens se alistaram ao exército. Na cidade de Odessa, até as mulheres recebem treinamento para manusear armas.

A cidade de Irpin, no norte, é uma das mais atingidas pelo exército russo, como mostra o correspondente da Band na Ucrânia Yan Boechat.

Neste sábado, moradores da cidade de Melitopol fizeram um protesto pedindo a libertação do prefeito Ivan Fedorov, que foi raptado por russos na sexta - um vídeo da emissora chinesa CCTV gravou a ação. Em entrevista, o presidente Volodymy Zelensky endossou o coro e exigiu a soltura imediata do político. O Kremlin não se manifestou sobre o caso.

Os líderes da União Europeia, Emmanuel Macron, da França, e Olaf Scholz, da Alemanha, conversaram com o presidente Vladimir Putin, na busca por um cessar-fogo por vias diplomáticas. Mas segundo o governo francês, Putin não demonstrou vontade de parar com a guerra, apesar das pressões.

O número de refugiados que atravessaram as fronteiras ucranianas já passa de 2,6 milhões, a maioria mulheres e crianças. A Europa já se prepara para receber os ucranianos. O francês vai anunciar em breve um programa de ajuda humanitária.