Rússia promete diminuir ataques e Ucrânia pode desistir de entrar na Otan

Após 34 dias de guerra, esperança de um cessar-fogo aumentou após reunião de países na Turquia

Por Eduardo Barão

Depois de 34 dias de guerra, a esperança de um cessar fogo aumentou hoje com a retomada das negociações presenciais entre delegações da Rússia e da Ucrânia.

As conversas aconteceram em Istambul, na Turquia, com a presença do bilionário russo Roman Abramovich, e do presidente turco Recep Erdogan.

Os dois lados voltarão a se reunir nesta semana e há possibilidade de um encontro entre Vladimir Putin e Volodymir Zelensky.

A Ucrânia já disse estar disposta a adotar a neutralidade, abrindo mão de se juntar à Otan, aliança militar do ocidente. Também sinalizou que pode discutir o status da Crimeia - anexada pela Rússia em 2014 - e das províncias separatistas na região do Donbass.

Em Moscou, o ministro da Defesa garantiu que haverá uma redução drástica dos ataques nos arredores de Kiev e da cidade de Chernihiv. Mas o discurso não convenceu a todos.

O secretário de Estado americano, Antony Binken disse que há diferença entre o que a Rússia diz e o que a Rússia faz.

O presidente dos Estados Unidos Joe Biden, conversou com líderes da França, Alemanha, Itália e Reino Unido. Os aliados da Otan decidiram manter as sanções econômicas impostas a Rússia até que de fato ocorra um recuo significativo na Ucrânia.

Ataques continua na Ucrânia

Um foguete russo atingiu o prédio onde funcionava a sede do governo de Mykolayiv, próximo de Odessa, no sul do país. A explosão abriu um enorme buraco no meio do edifício.

Equipes de resgate conseguiram retirar 20 pessoas dos escombros, algumas com ferimentos graves. Segundo a prefeitura, nove morreram no ataque.

Na cidade de Lutsk, mísseis lançados de Belarus atingiram um depósito de combustível e bombeiros tiveram dificuldade para controlar as chamas.

Na cidade portuária de Mariupol, os ataques continuaram em meio a tentativa de civis que esperam um cessar fogo para sair da região, que continua cercada pelos russos. 

Há semanas, os moradores lutam para sobreviver em meio a falta de água e comida.

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