Jornal da Band

Série Especial: Quadro de Tarsila do Amaral ajudou a formar identidade

A Semana de 22 foi movida pela paixão. E foi uma paixão que marcou a vida de alguns dos mais importantes modernistas

Por Juliano Dip

Na quarta reportagem da série especial do Jornal da Band, você vai ver como que o quadro Abaporu, de Tarsila do Amaral, ajudou a formar uma identidade do Brasil moderno

A Semana de 22 foi movida pela paixão. E foi uma paixão que marcou a vida de alguns dos mais importantes modernistas. Uma história de amor que produziu um dos símbolos do movimento e das artes plásticas do Brasil.

De família rica, Tarsila do Amaral estudava em Paris quando, no Brasil, seus amigos organizaram a Semana de Arte Moderna de 22. Mas apesar da distância, ela acompanhou tudo graças a amiga Anita Mafaltti.

Quando voltou ao país, Tarsila conheceu Oswald de Andrade, se apaixonou e os dois logo formaram um casal. 

Dentre as muitas provas de amor entre eles, uma delas entrou para a história. O quadro Abaporu foi um presente de Tarsila para Oswald.

E já nas mãos de Oswald, Abaporu se ressignificou dando origem ao que ficou conhecido como movimento antropofágico.

Assim como a Semana de Arte Moderna, o movimento antropofágico também contou com a ajuda da boêmia e chamou a atenção Patrícia Galvão, a Pagu, que tinha 17 anos.

Pagu se encantou não só pelo movimento, mas também por seu mentor: Oswald de Andrade, o que resultou em outro romance. Logo Tarsila não suportou a traição do marido com a amiga e na separação fez uma única exigência, que Oswald devolvesse Abaporu.

Vendido, o quatro nunca mais voltou ao Brasil. Hoje ele está exposto no Museu de Arte Latino-Americana de Buenos Aires, na Argentina.

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