Um novo pedido de habeas corpus feito pela defesa do ex-jogador Robinho será julgado no Supremo Tribunal Federal depois da Páscoa.
Preso desde a última quinta-feira (21) para cumprir a pena de 9 anos por estupro na Itália, Robinho passou por audiência de custódia em Santos antes de seguir para o presídio de Tremembé, no interior de São Paulo.
Nos primeiros dias na cadeia, Robinho não terá direito a receber visitas nem acesso à televisão.
Advogado da vítima celebra prisão e pede cumprimento total da pena
O advogado Jacopo Gnocchi, que representa a vítima de Robinho no caso de estupro cometido pelo brasileiro em 2013, conversou com exclusividade com o Melhor da Noite, da TV Bandeirantes. Segundo o italiano, a vítima está "absolutamente satisfeita", mas espera que o ex-atleta da Seleção Brasileira cumpra os nove anos de reclusão.
"A vítima está contente com o resultado positivo do julgamento. Mas, claramente, espera que a justiça seja feita definitivamente. [...] Para nós, [a pena] poderia ser executada na Itália, no Brasil, na França ou na Austrália. Era indiferente. O importante é que a pena fosse executada. Não pode haver nenhum tipo de libertação para a justiça italiana. Se a justiça brasileira aplicar o que diz a lei italiana, não haverá nenhum tipo de libertação porque a condenação é definitiva", afirmou.
O caso
A Corte Especial do Superior Tribunal de Justiça (STJ) decidiu na quarta-feira (20), por 9 a 2, que Robson de Souza, nome do ex-jogador de futebol Robinho, deve cumprir no Brasil a pena de nove anos de prisão pelo crime de estupro coletivo ao qual foi condenado na Itália.
Os ministros do STJ não examinaram as provas e o mérito da decisão da Justiça italiana, mas julgaram se foram preenchidos todos os requisitos legais para que a pena de prisão seja cumprida no Brasil, conforme requerido pela Itália.
Robinho foi condenado na Itália em 2017 pelo crime que aconteceu em 2013, na boate Sio Cafe, em Milão, e a vítima era uma jovem albanesa. Outros cinco brasileiros foram denunciados por participação no caso, mas apenas Robinho e Ricardo Falco foram levados a julgamento na Itália.
Em 2022, a corte italiana julgou a última instância e chegou ao veredito final da condenação de Robinho por nove anos. Por ser cidadão brasileiro, o jogador não foi extraditado.