A bebê prematura Rouh, que significa espírito em árabe, que nasceu de uma cesariana de emergência após sua mãe morrer em um ataque israelense em Rafah, no sul da Faixa de Gaza, não resistiu e morreu, segundo a equipe médica e por um parente. A informação foi divulgada pela emissora Al Jazeera. 

Rouh nasceu pesando 1,4 kg. A mãe da recém-nascida, identificada como Sabreen al-Sakani, estava grávida de 30 semanas. O pai e a irmã mais velha da bebê, Malak, também morreram no ataque israelense no sul do enclave palestino. 

O médico que cuidava da menina declarou que ela sofria de problemas respiratórios e de um sistema imunológico fraco. “Eu e outros médicos tentamos salvá-la, mas ela morreu. Para mim, pessoalmente, foi um dia muito difícil e doloroso”, disse Mohammad Salama, chefe da unidade neonatal de emergência de um hospital de Gaza, à agência de notícias Reuters. “Ela se juntou à família como mártir”, completou.

O tio da bebê, Rami al-Sheikh Jouda, contou que a visitava todos os dias no hospital e sabia que ela tinha problema respiratório, mas não achava que fosse grave até receber a informação de que ela havia morrido. 

“Rouh se foi, meu irmão, sua esposa e filha se foram, seu cunhado e a casa que nos unia se foram”, disse o tio da bebê à Reuters. “Ficamos sem lembranças de meu irmão, de sua filha ou de sua esposa. Tudo desapareceu, até as fotos, os celulares”, finalizou. 

Relembre o caso 

Uma bebê havia nascido do ventre de uma mãe palestina morta junto com o marido e filha em um ataque israelense em Rafah, na fronteira de Gaza com o Egito, no sul do enclave do território. Pelo menos 19 pessoas morreram, segundo autoridades de saúde local. 

Segundo a emissora Al Jazeera, o bebê, pesando 1,4 kg, nasceu via cesariana de emergência. A mãe da recém-nascida, identificada como Sabreen al-Sakani, estava grávida de 30 semanas.

A jovem filha Sabreen al-Sakani, identificada como Malak, que também foi morta durante o ataque, queria dar o nome de Rouh para a irmã, que significa espírito em árabe, disse seu tio Rami Al-Sheikh à agência de notícias Reuters. “A garotinha Malak estava feliz porque sua irmã estava vindo ao mundo”, declarou.