O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) voltou a criticar a condução das eleições pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), em declaração à imprensa, na tarde desta quarta-feira (18), em frente à sede da Polícia Federal (PF), em Brasília. Na corporação, o político derrotado no segundo turno entregou um depoimento por escrito sobre troca de mensagens com teor golpista com empresários.
“Então, é mais um fato que mostra, no mínimo, a parcialidade de como foram conduzidas as eleições do ano passado (Jair Bolsonaro)
Bolsonaro também questionou a competência do Supremo Tribunal Federal (STF) no inquérito das supostas mensagens golpistas. Para o ex-presidente, o caso deve ser analisado na primeira instância. Ele também argumentou que as mensagens eram da própria imprensa.
“As mensagens que passei [aos empresários] eram, em grande parte, da própria imprensa. A opção dos advogados é entregar as razões de defesa por escrito e continuar batendo na tecla da competência, que não é do Supremo. Neste caso, os advogados entendem que é a primeira instância”, continuou Bolsonaro.
Já o advogado Fabio Wajngarten, responsável pela defesa de Bolsonaro, destacou que o ex-presidente apenas encaminhou as mensagens, sem fazer juízo de valor. Também ponderou que os conteúdos apenas alertavam para uma possível instabilidade democrática ou do processo eleitoral.
“Hoje, estamos aqui para falarmos que mensagem do presidente da República com seu grupo de apoiadores, diálogo esse privado, diálogo esse sem juízo de valor, que, em tese, discute-se, nesse momento, poderia causar instabilidade da ordem democrática ou instabilidade do processo eleitoral”, avaliou Wajngarten.